Por Raíssa Ebrahim
Foto: Inês Campelo/MZ
A falta de moradia atinge mais mulheres do que homens no Brasil. O reflexo disso está nas ocupações e protestos em que elas são maioria. Por isso, a luta por moradia é feminina e negra.
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E a situação só piorou nos últimos dois anos: o aluguel caro e a inflação de praticamente todos os itens básicos de sobrevivência levou milhares de brasileiras a perderem o teto e também o chão.
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Dados da Fundação João Pinheiro, publicados em 2021, apontam que 60% dos casos de moradia irregular são ocupados por mulheres, o que significa 15 milhões de moradias inadequadas.
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Outro dado preocupante da mesma Fundação: a taxa de crescimento do indicador de precariedade habitacional foi de 7% ao ano para as mulheres e de 1,5% ao ano para os homens.
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A Fundação João Pinheiro, criada em 1969, é uma instituição de pesquisa e ensino do governo de Minas Gerais. É uma referência nacional em levantamento e análise de dados sobre habitação.
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“Os dados provaram o que a gente já sabia: o déficit habitacional é feminino”, resume Raquel Ludermir, doutora em desenvolvimento urbano e coordenadora da ONG Habitat para a Humanidade Brasil.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
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As mulheres são a maior parte das chefes das 132 mil famílias que estão ameaçadas de despejo no Brasil. Esse número cresceu 600% (ou seja, sete vezes) desde o início da pandemia.
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Uma dessas mulheres é Jéssica Silva. Desempregada, ela tem dois filhos e mora na Ocupação 8M, no Recife, com outras 235 famílias. Outras 17 mil famílias correm risco de serem despejadas em Pernambuco.
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Além de cuidar de suas crianças e ajudar nos cuidados com filhos de outras mulheres, ela diz que, a rotina da ocupação é “ajudar fazendo mutirão de limpeza e de muitas coisas que fazemos lá”.
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Mulheres como Jéssica acumulam múltiplas jornadas: do trabalho doméstico ao coletivo. “É o exercício do papel político como extensão do papel do cuidado”, sintetiza Raquel Ludemir.
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