Por Inácio França e Arnaldo Sete
Foto: Arnaldo Sete;MZ
A cidade de Triunfo, de 15 mil habitantes, é mais conhecida em Pernambuco pelo seu casario do século XIX nas ladeiras de paralelepípedos e por ser uma destino turístico para quem curte o clima frio.
Foto: Elielma Santos/Prefeitura de Triunfo
Distante 405 quilômetros do Recife, em pleno sertão nordestino, a temperatura no inverno costuma chegar a 11ºC. A explicação para isso é simples: a cidade está a mais de 1.000 metros de altitude.
Foto: Beatriz Novaes/Unsplash
Mas há outra atração em Triunfo. No carnaval, os “Caretas” tomam contas das ladeiras que lembram Olinda. O “Careta” é uma figura da cultura popular triunfense que existe há mais de um século.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
A origem do personagem é incerta, mas a tradição oral da região conta que tudo começou em 1917 quando um rapaz que participava do Reisado, festejo que encena o nascimento de Jesus, ficou bêbado.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
O rapaz foi excluído do Reisado, mas não se conformou: colocou uma máscara com um sorriso triste e, com um chapéu e um chicote, acabou chamando mais a atenção do que a apresentação tradicional.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
No ano seguinte, várias pessoas se vestiram de maneira parecida tanto na Festa de Reis, a 6 de janeiro, quanto no carnaval, algumas semanas depois. A moda pegou e virou tradição.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
Com o tempo, o “Careta” também passou a ser conhecido solenemente como o “O senhor das ladeiras” e se transformou em uma referência visual e símbolo da cultura popular de Triunfo.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
O trabalho dos principais mestres artesãos responsáveis por manter vivo o personagem é o tema do e-book Os Caretas de Triunfo, o confinamento de uma tradição, do fotógrafo Arnaldo Sete.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
O livro apresenta três gerações de artesãos sertanejos, como os veteranos Teco de Agamenon, Mestre Nino e Arnaldo Antônio, o mestre Quadrado, deficiente visual que faz os chicotes dos Caretas.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
Também são retratados os jovens Mateus Washington, 23 anos, e Wesley Allef, de 26 anos, que produzem máscaras desde a que tinham apenas 10 anos de idade.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
As lentes de Arnaldo Sete também focaram mulheres e homens que passam meses confeccionando suas próprias fantasias para brincar anônimos pelas ruas de Triunfo.
Foto: Arnaldo Sete;MZ
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