por Maria Carolina Santos
Pesquisa do Instituto de Estudos da Religião (Iser) mapeou as candidaturas com identidade religiosa em oito capitais brasileiras e indica que, em 2022, a pauta baseada na moral religiosa continua forte.
Imagem: Dahiana Waszaj/Unsplash
Em 2020, Recife foi a capital com maior porcentagem de candidaturas com identidade religiosa. A média nacional foi 10%. Recife foi 12,56 %: de 836 candidatos, foram 105 com identidade religiosa.
Imagem: André Magalhães/Unsplash
A coordenadora do estudo “Religião e Voto: uma fotografia das candidaturas com identidade religiosa nas Eleições 2020“, Lívia Reis, acredita que o conservadorismo estará firme nas táticas eleitorais deste ano.
“Os religiosos conservadores vão adotar a narrativa dos ataques à religião cristã e à família tanto pelos governos que consideram ‘comunistas’ quanto pelo STF”, prevê a pesquisadora.
Imagem: Diana Vargas/Unsplash
A tecla a ser batida com insistência em 2022 deverá ser a da cristofobia e cerceamento de liberdades. E o jogo será sujo e nada será por acaso:
Imagem: Arnaldo Sete/MZ
“Cristãos conservadores, sobretudo católicos, têm uma rede internacional de articulações, recebem muito dinheiro de fora para investir nas narrativas. É tudo muito bem articulado”, garante Lívia Reis.
Imagem: Daniel Dan/Unsplash
No entanto, há novidades no horizonte político. O primeiro é o crescimento da disputa pelo cristianismo também por setores de esquerda. “Acho que isso é uma tendência que vai aumentar”.
Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil
O outro é o surgimento de candidaturas e lideranças que se auto definem como afro religiosas, com foco na representação na política institucional.
Foto: Marcelo Camargo/ABr
E esse fenômeno é sintoma da fragilidade da democracia brasileira, afinal se há compromisso com os direitos humanos, não precisaria de um representante da religião para ter seus direitos garantidos.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Lívia, que é doutora em Ciências Sociais pela UFRJ, explica que isso se tornou o requisito para a sobrevivência das religiosidades, e foi justamente o que fizeram os evangélicos 30, 40 anos atrás.
Imagem: Inês Campelo/MZ
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