Por Géssica Amorim
Quatro estudantes do 1º ano do ensino médio de uma escola rural no sertão do Pajeú, a 381 quilômetros do Recife, estão entre os finalistas de um prêmio internacional de tecnologia e sustentabilidade.
O prêmio é o Respostas para o Amanhã, iniciativa global da multinacional Samsung que reconhece projetos de investigação e experimentação científica de alunos de escolas públicas.
Os 10 projetos finalistas foram aqueles capazes de resolver problemas concretos de suas comunidades. Foi o caso do Carun-Xô, da escola Estadual Dário Gomes de Lima, no município de Flores.
Emilly Santos, de 15 anos, Isadora Campos, Samuel Nogueira e Euclides Cardim, de 16, encontraram uma alternativa natural para combater uma praga que destrói cereais e grãos de feijão.
Foto: Junior Santos/MTur
A praga é o caruncho, inseto daninho também conhecido como gorgulho. A ideia dos jovens foi proteger a colheita de pequenos agricultores do distrito e da região.
Para isso, criaram um bioinseticida a base do óleo artesanal do coco catolé, fruto de uma palmeira típica da caatinga e bastante comum naquele trecho do sertão pernambucano.
O inseticida natural pode ser produzido em casa, com utensílios de cozinha, sem equipamentos especiais ou substâncias químicas, o que facilita a produção pelos próprios agricultores.
E a aplicação é feita diretamente nos grãos, numa proporção que não altera o gosto e nem a qualidade dos feijões.
O que motivou os estudantes foi a necessidade ajudar os agricultores da região a evitar a perda de alimento e contribuirpara a segurança alimentar de suas famílias.
Este ano, 35 países participam da premiação realizada pela Samsung. Os outros projetos finalistas são do Ceará, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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