Por Géssica Amorim
Foto: Géssica Amorim/MZ
O Sertão do Moxotó, no interior de Pernambuco, é uma região formada por sete municípios, com quase 220 mil habitantes, no vale do rio de mesmo nome. É lá que vive Helena Alves de Siqueira, de 77 anos.
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Helena é rezadeira. Ou seja, teria o dom de cura por meio de bençãos e orações, uma tradição do interior brasileiro que mescla elementos do catolicismo, espiritismo, religiões afro e de origem indígena.
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Ela não cobra nada pelas rezas. Cada “paciente”, como ela chama as pessoas que lhe procura, dá o que pode, o que quer, ou não dá nada. Sua fama é grande: gente do Brasil todo costuma ir até sua casa.
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Os moradores do povoado de Mulungu, na zona rural de Custódia, a 336 quilômetros do Recife, já estão acostumados a receber visitantes de outras cidades, de outros estados e até de outras regiões do País.
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“Vem gente do Recife, Serra Talhada, Juazeiro do Norte, de Minas Gerais e também São Paulo. Se eu for dizer a você o tanto de gente que frequenta aqui, você não vai acreditar”, conta a rezadeira.
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Helena diz contar com a ajuda dos espíritos de duas beatas que viviam em torno do padre Cícero, Maria de Araújo e a beata Mocinha, que seriam testemunhas dos supostos milagres do padre do Juazeiro.
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Os “atendimentos” acontecem em um cômodo construído ao lado de sua casa, uma espécie de pequeno santuário, sobriamente decorado com imagens de santos, de Jesus Cristo e da Virgem Maria.
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Antes, o santuário era coberto por fotografias dos seus “pacientes”, incluindo gente famosa ou poderosa. A decoração mudou porque ela preparou o local para “encerrar a sua missão”.
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Ela pretende passar o seu posto para José Mateus, um de seus 17 netos. Dos descendentes da rezadeira, ele é o único que, segundo ela, demonstra ter nascido com o mesmo dom.
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Além de benzer e rezar para as pessoas, Mateus quer ser psicólogo. Mas se diz pronto para levar adiante a missão de sua avó. Quer estar à altura do prestígio e da confiança que Helena conquistou.
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