Fraternidade, esperança e miséria debaixo da ponte

[{"selector":"#anim-ecf86cb0-9cff-4238-8b56-4b386dc9792b [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-31.257324105020174%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Por Inácio França Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-02512c41-566a-4f21-aa02-fc694212145d [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-16.557186372484665%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Carlos Antônio Bezerra dos Santos não tem endereço. Há quase 30 anos ele mora debaixo das pontes do centro do Recife e sua lista de bens se resume a alguns bens velhos ou quebrados. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-da134ba6-93ba-4c1b-97b7-44217dbb41d8 [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(19.48529411200427%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Até a rede e o barco que lhe garantem a sobrevivência são emprestados. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-a2375e9f-5968-4cdb-b68c-d86a1a1fcdd1 [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-40.07740674454146%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Aos 62 anos, o pescador não tem sonhos de consumo ou de possuir patrimônio. Tudo o que ele quer encontrar maneiras de melhorar a vida dos quase 50 pescadores que convivem sob a ponte do Limoeiro. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-aee93999-893b-4aa3-bac9-7cd80e06a591 [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-54.41004103376358%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Carlos é o único pescador que realmente mora ali, numa espécie de palafita de madeira que ele mesmo construiu e cujo teto é a ponte. “Não é questão de preferência, não, é necessidade”, ele diz. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-e37231d5-5bfa-4102-9dab-592298280b41 [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-41.731172239451716%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] “Como eu vivo de pescaria, melhor ficar perto do rio, perto do mar, melhor do que uma favela longe de onde eu tiro o sustento”, explica o pescador. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-f0386647-de46-484a-a1d9-9d3fa1de470a [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(38.78457443778222%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] O estuário do rio Capibaribe lhe fornece alimento, mas, ao menos duas vezes por ano, o rio dá medo. As marés são tão altas que a linha d’água fica a um palmo de sua cama. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-c8c1fece-6f93-4123-9895-05318386893a [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-23.71323524961511%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] “Eu era segurança de posto de gasolina, mas sempre gostei mesmo foi de pescar. Pedi demissão, me separei e fui pra debaixo da ponte”. É assim que Carlos resume sua vida. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-3af28289-bd91-4af4-aece-919cbd56aaf8 [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(49.99999971389117%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Mas o que o levou para debaixo da ponte não foi a profissão. Foi o alcoolismo: “Quando bebia era muito violento. Quando fiquei sozinho, pronto, aí eu bebia direto mesmo”. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-694e27ca-f887-40e0-940e-31eee15fa7a1 [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-18.008458762470774%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Ele parou de beber para “tentar conseguir alguma coisa, porque já tô na velhice”. Seus projetos são modestos e têm como único objetivo ajudar os colegas que deixam redes e motores sob seus cuidados. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-0a504478-c4a7-4fa7-bca2-13052996baed [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(20.220588222893117%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Desejo nº 1: Freezer usado - “Se conseguisse um freezer velho, usado o pessoal daqui guardar os peixes, porque sem freezer, os pescadores têm que vender o pescado no mesmo dia e por qualquer preço”. Foto: Arnaldo Sete/MZ

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[{"selector":"#anim-be24d39f-58de-4785-9a81-e64124834550 [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(12.500000058560287%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] “A gente ia tirar bem mais lixo do que a barca. Tem dia que vêm mais de 300 quilos na rede. Tem dia que a gente não pega nenhum peixe, mas pega muita porcaria”. Foto: Arnaldo Sete/MZ

[{"selector":"#anim-7d86ccd2-13ce-4d46-b7f7-19de93d8cf8f [data-leaf-element=\"true\"]","keyframes":{"transform":["translate3d(-35.66176455155876%, 0, 0)","translate3d(0%, 0, 0)"]},"delay":0,"duration":2000,"easing":"cubic-bezier(.3,0,.55,1)","fill":"both"}] Carlos acredita que, se sua ideia fosse aceita e a prefeitura ao menos os gastos com gasolina, os pescadores teriam como sobreviver durante os meses do ano em que não se pega nada do rio ou no mangue. Foto: Arnaldo Sete/MZ

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