Por Inácio França
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Para quem é de fora, o carnaval de Pernambuco está associado a Olinda, com bonecos gigantes e orquestras de metais, ou ao Recife, com o frevo canção, os maracatus e as multidões do Marco Zero.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Mas não é só isso. Em Bezerros, a 109 quilômetros das ladeiras de Olinda, há mais de 70 anos Lula Vassoureiro dá forma à fantasia de papangu, tradicional ícone do carnaval pernambucano.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Curiosamente, Lula não se chama Luís. O nome dele é Amaro Arnaldo do Nascimento. O apelido foi dado pela avó Marcolina, que o chamava assim em homenagem a Luís Gonzaga.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
A primeira máscara ele fez em 1950, quando tinha apenas 6 anos, e a usou para sair pela rua no carnaval. Aprendeu a usar papel e cola com o pai, José Vassoureiro, artesão que fazia cestos e vassouras.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Do pai, herdou o talento, a fama e o “título” de Vassoureiro do nome artístico que se juntou ao apelido dado pela avó. Mas José não o queria trabalhando como artesão. Ele fugiu de casa ainda criança.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Fingindo ser órfão, juntou-se a uma trupe de circo mambembe para atuar como palhaço.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Voltou para casa com 13 anos. Só aí, o pai entendeu a vocação do filho e permitiu que se dedicasse às máscaras.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
As máscaras de Lula são produzidas com uma técnica tão simples quanto os materiais usados: água, jornais velhos, grude de goma, cola branca e tinta. O ingrediente secreto, segundo ele, é alegria.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Antes da pandemia, seu ateliê recebia aproximadamente 10 mil pessoas por ano.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
A maioria não resiste ao colorido único das máscaras, que custam de R$ 20,00 a R$ 60,00 no mercado de artesanato.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Lula não guarda segredo de sua arte ou de sua técnica. A qualquer visitante interessado em aprender, ele ensina como fazer uma máscara.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Foi assim nas exposições que fez nos EUA, Europa, Ásia e África.
Foto: Arnaldo Sete/MZ
Em 2013, ele passou a ser considerado patrimônio vivo da cultura pernambucana.
Foto: Marlon Diego
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