Por que as mulheres nordestinas protestam contra as usinas eólicas?

Foto: Arnaldo Sete/MZ

Para espanto do público urbano, empolgado com a expansão da energia chamada de “limpa”, 3.000 mulheres marcharam na Paraíba para denunciar os impactos negativos dos parques eólicos na vida das suas famílias.

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Para as agricultoras que protestaram na cidade de Solânea, os parques eólicos são mais uma violência contra seu modo de vida. Essa energia não atende à nossa gente, apenas às empresas”, disse a agricultora Roselita Vitor.

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Apesar de serem a favor da energia renovável, elas explicam que modelo dos projetos implantados prejudica bastante a economia e a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

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“Hoje a minha casa está rachada, a gente não tem sossego, perdemos terras e não ganhamos nada em troca”, declarou Soraia Catarina, moradora do litoral do Rio Grande de Norte.

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Em Pernambuco não é diferente: “O barulho é demais, a poeira também. Explodiram apedras para colocar as torres e as casas racharam, conta Roselma de Melo, moradora da zona rural de Caetés, agreste do estado.

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A casa de Roselma está cercada pelos aerogeradores, nome técnico dos gigantescos ventiladores responsáveis por captar o vento e converter em energia.

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A agricultora e sua família temem que as estruturas desabem e causem um grave acidente. “As torres estão se desgastando, ficando velhas, o risco delas caírem é grande”, queixou-se.

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Devido ao barulho dos aerogeradores, problemas de saúde como insônia, ansiedade, depressão e perda da audição se tornaram comum entre os agricultores de Caetés.

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As mesmas consequências já foram reconhecidas na França, onde, em 2021, o casal Christel e Luc Fockaert, vizinhos de um parque eólico, ganharam-na justiça uma indenização de mais de 100 mil euros.

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O físico Heitor Scalambrini, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) explica por que a energia eólica não é tão limpa como insistem os governos brasileiros e os empresários:

Heitor Scalambrini

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“Ao mesmo tempo que contribuem com o fim da emissão dos gases de efeito estufa, elas têm uma repercussão muito grande nos impactos socioambientais devido à maneira como está sendo implantada no Brasil”.

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“Não é energia limpa se está desmatando, poluindo nascentes e mudando a vida das pessoas ao tirá-las de suas casas, principalmente se essas pessoas são pequenos agricultores”, denuncia Scalambrini.

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