Por Giovanna Carneiro
A Profilaxia Pré-Exposição, mais conhecida pela sigla PrEP, é um medicamento utilizado antes da exposição a um determinado patógeno para reduzir a probabilidade de infecção.
No caso do HIV, a PrEP é utilizada justamente para ser mais uma barreira contra o vírus e pode ter resultados bastante eficazes se combinada a outras medidas de prevenção, como o uso de camisinha e a testagem regular.
Atualmente, no Brasil, para se tornar um usuário da PrEP é preciso procurar os centros de saúde que fornecem o medicamento e solicitar atendimento, que acontece nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Foto: Passarinho/Divulgação HC-UFPE
Além disso, por ser um serviço recente no país – com apenas cinco anos de implementação – , o uso da profilaxia ainda é bastante limitado.
Para se ter acesso é preciso atender a um certo perfil, determinado de acordo com as demandas detectadas pelos profissionais de saúde da rede pública.
Atualmente, pessoas com uma vida sexual ativa e com múltiplos parceiros e parceiras sexuais são os principais candidatos ao uso da PrEP.
Foto: Géssica Amorim/MZ
Apesar de ter mais de 90% de eficácia na prevenção do HIV, a Profilaxia Pré-disposição não é uma barreira para outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), por isso, especialistas reforçam que o uso da PrEP deve ser acompanhado de outras medidas eficazes, como uso de camisinha.
Entre as pessoas que solicitaram acesso ao uso da PrEP e seguem na fila de espera a maioria são mulheres, homens cisgêneros heterossexuais e caminhoneiros.
Além disso, os dados mostram que o grupo populacional que tem mais dificuldade em acessar a profilaxia são pessoas trans, travestis e profissionais do sexo, um dado que enfatiza a importância da ampliação de informações sobre o medicamento e sua maior distribuição para pessoas de baixa renda.
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