O Baculejo tem cor

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– Baculejo – Enquadro – Revista – Abordagem policial São diferentes expressões pelo Brasil mas com o mesmo significado e com o mesmo viés racista

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Para uma abordagem policial acontecer, ela deve ser feita a partir da fundada suspeita, ou seja, um conjunto de critérios e objetivos que devem ser considerados para justificar a necessidade de abordar o indivíduo e realizar uma busca pessoal.

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Mas o baculejo tem geralmente um único critério: a cor. E ela é negra.

Para a população negra, essas revistas são sempre acompanhadas de xingamentos, violência, ameaça policial, humilhação e até tortura.

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É o que conta um jovem negro e morador da Bomba do Hemetério, bairro na Zona Norte do Recife.

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A polícia o colocou de ponta cabeça, com um saco plástico na cabeça e o mergulhou dentro de uma caixa d'água enquanto a mão do PM agarrava o seu pescoço. Cenas que parecem tiradas de documentário sobre a ditadura, mas que acontecem com frequência.

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Uma pesquisa organizada pela jornalista Nathália Dielú entrevistou homens do bairro Bomba do Hemetério, em Recife, para compreender melhor o que está por trás do Baculejo.

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Dos entrevistados, 87% eram jovens negros e afirmaram já terem sofrido abordagens e quase metade respondeu que já passou por isso no mínimo 10 vezes.

Foto: Arnaldo Sete;MZ

Medo e desconfiança. Foi isso que os jovens ouvidos na Bomba do Hemetério responderam à pesquisa por amostragem feita pela reportagem. Perguntados se confiam na polícia, a resposta de 66,6% foi que não. 

Foto: Arnaldo Sete;MZ

E assim, a instituição que deveria proteger principalmente os mais vulneráveis, tem sido vista como a que mais machuca também.

Foto: Arnaldo Sete;MZ

Leia a reportagem completa realizada por Nathália Dielú como resultado da bolsa para o laboratório-escola Dados em Narrativas Jornalísticas, realizado em parceria pela Marco Zero Conteúdo, Instituto Fogo Cruzado, Escola de Comunicação da Universidade Católica de Pernambuco e Fundação Friedrich Ebert.

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