Hospital Geral Otávio de Freitas – o hospital possuía uma emergência psiquiátrica, que sofreu um incêndio de pequenas proporções em 2008; no ano seguinte, o governo do estado decidiu fechá-la definitivamente – o que contraria os preceitos da reforma, que prevê a existência de ambulatórios emergenciais na área de saúde mental em hospitais de atendimento geral.

Hospital José Alberto Maia – criado em 1965 e localizado em Camaragibe, foi um dos maiores hospitais psiquiátricos do país; encerrou definitivamente suas atividades em 2011. Tornou-se um dos maiores símbolos da precariedade do modelo asilar de atendimento; chegou a contar com mais de mil pacientes internados, deixando de receber novos internos em 2001; três anos depois, foi denunciado pelo Ministério Público pelas péssimas condições de suas instalações e do tratamento oferecido, que chegou a causar uma média de 4 óbitos por mês entre seus internos.

Comunidade Terapêutica de Olinda (CTO) – construída em 1969, a única unidade de internação psiquiátrica no município fechou os leitos psiquiátricos mantidos pelo SUS em fevereiro no ano passado. Contudo, pela falta de locais para os quais transferir vários dos pacientes internados (devido ao atraso no estabelecimento das residências terapêuticas), um acordo foi firmado para que o local continuasse o tratamento de alguns desses internos; contudo, o hospital vem sofrendo com o atraso no repasse de verbas prometidas pelas secretarias municipal e estadual de saúde.

Hospital Psiquiátrico de Pernambuco (HPP) – localizado no bairro de Boa Viagem, contava com 370 leitos. A partir de 2011, por determinação do governo estadual, passou a não aceitar novos pacientes e vem transferindo seus internos gradativamente para as residências terapêuticas.

Instituto de Psiquiatria do Recife (IPR) – instalado em um casarão na Avenida Conde da Boa Vista, centro do Recife, chegou a manter 800 internos. Após redução gradativa no número de pacientes (que chegou a 287), foi desativado permanentemente em dezembro de 2010.

Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano – criado em 1883 e mantido pelo estado desde 1924, mais conhecido como Hospital da Tamarineira, é a principal emergência psiquiátrica do estado. Conta com 160 leitos e realiza mais de 1400 atendimentos por mês. No final do ano passado, sofreu um pedido de interdição impetrado pelo Conselho Regional de Medicina (Cremepe). A entidade afirma que a instituição vem funcionando de forma precária, com problemas na estrutura física, número insuficiente de profissionais e falta de medicamentos.

(Aline Soares e Dandara Palankof e Cruz )

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