Ajude a MZ com um PIX de qualquer valor para a MZ: chave CNPJ 28.660.021/0001-52
Às vésperas de um dos processos eleitorais mais importantes da história do país, tratar de temas como desinformação, fake news e educação midiática é mais do que uma urgência: é uma obrigação de qualquer organização que almeje fazer jornalismo de qualidade, de interesse público e acessível. Por isso, a Lume Acessibilidade (www.lumeacessibilidade.com.br), iniciativa que nasceu do projeto Acessibilidade Jornalística: um problema que ninguém vê, lança nesta quinta-feira (22) uma série de três episódios do LumeCast que exploram as causas e consequências da desinformação, como identificar notícias falsas e como fazer uma leitura crítica da mídia.
A série faz parte do programa Acelerando a Transformação Digital, realizado com recursos do International Center for Journalists (ICFJ) e do projeto de jornalismo da Meta. “O conteúdo tem como público destinatário as pessoas cegas e com baixa visão, mas traz informações relevantes e necessárias para todo mundo, afinal, todos nós estamos vulneráveis aos problemas decorrentes da desinformação, um fenômeno global que afeta milhões de pessoas diariamente”, comenta a coordenadora geral do projeto, Carol Monteiro. Para Gilberto Scofield Junior, consultor da Agência Lupa e mentor do projeto, “o LumeCast agrega à discussão da desinformação a questão da diversidade, ampliando ainda mais o alcance – e a solução – para um problema que é a grande infodemia deste milênio até agora. É uma iniciativa mais do que bem-vinda. É necessária”.
O primeiro episódio explora os conceitos de desinformação, quem são os grupos que espalham notícias falsas e quais os interesses por trás desta prática nas visões do doutor em Sociologia e professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Luiz Carlos Pinto e da fundadora e sócia da Agência Lupa e Diretora Sênior de Programas do ICFJ, Cristina Tardáguila. Já a jornalista, pesquisadora em acessibilidade e comunicação e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Joana Belarmino, alerta sobre a falta de acesso à informação de qualidade Para ela, como pessoa cega, a desinformação não é o principal problema quando falta de acessibilidade aos sites jornalísticos é fato o maior desafio.
O segundo episódio explora porque as pessoas acreditam em notícias falsas e como a tecnologia é uma aliada no combate à desinformação nas opiniões do Coordenador de Educação da Agência Lupa, Raphael Kappa, e da idealizadora da ferramenta de checagem, Confere.AI, Alice Souza. Eles também dão dicas muito práticas sobre como identificar se uma notícia falsa e o que (não) fazer diante de uma informação criada com o objetivo de prejudicar pessoas ou instituições.
Por fim, a série do LumeCast explora a solução para o problema da desinformação: Educação Midiática, que nada mais é do que o conjunto de habilidades que todos nós precisamos para entender esse universo de super abundância de informação em que estamos mergulhados. Neste episódio, a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, e o diretor do Instituto Vero, Caio Machado, comentam sobre a necessidade de analisar e questionar as informações que recebemos, seja através da mídia tradicional ou de influenciadores digitais. Laércio Portela, um dos fundadores da Marco Zero Conteúdo e Andrea Trigueiro, jornalista e professora da Unicap, também alertam para o senso crítico necessário para compreender os posicionamentos da mídia, tanto em relação ao que relatam quanto aos silenciamentos que excluem grupos invisibilizados no debate público.
“Este conteúdo é um convite a olhar a mídia de uma forma mais crítica e uma tomada de consciência sobre os riscos para as pessoas e para a sociedade como um todo de não verificar as informações que recebemos”, comenta a apresentadora e coordenadora de Acessibilidade da Lume, Mariana Clarissa. A série tem produção e roteiro de Ariel Sobral, consultoria de Gilberto Scofield Junior e Michel Platini e edição da produtora de podcasts Malamanhadas. Está disponível no Spotify e no site do podcast no Anchor.
É um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público.