Ajude a MZ com um PIX de qualquer valor para a MZ: chave CNPJ 28.660.021/0001-52
Se uma imagem vale mais do que mil palavras, selecionamos 25 delas para contar a história dos cinco anos que nos trouxeram até aqui. Das manifestações de junho de 2013 até o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê. Do nascedouro do discurso anti-sistema até a liderança do candidato anti-sistema.
Como a contestação da vitória eleitoral da presidenta Dilma Roussef (PT) pelo PSDB de Aécio Neves deu a senha para que personagens como Eduardo Cunha, Kim Kataguiri, Dalton Dellagnol, Sérgio Moro, Michel Temer e Carmen Lúcia, cada um a seu modo, atuassem para fechar o cerco ao governo Dilma e preparar o terreno para a prisão de Lula.
As imagens mostram violências simbólicas, físicas e institucionais. Do adesivo ofensivo e misógino contra Dilma, passando pelo perigo de andar com uma camisa vermelha pelas ruas até a divulgação ilegal e impune do áudio da conversa telefônica de Dilma com Lula na véspera da posse (nunca realizada) do ex-presidente como ministro da Casa Civil.
Trazem cenas insólitas do power point de Dellagnol, a troca de sorrisos e afagos entre Moro e Aécio e os bastidores sórdidos do golpe “com o Supremo e com tudo”.
As imagens colocam em perspectiva a relação entre a apologia ao crime feita por Bolsonaro ao elogiar o torturador Carlos Brilhante Ustra na sessão de impeachment de Dilma na Câmara e a ofensa à memória de Marielle Franco cometida pelos apoiadores do capitão reformado ao destruírem a placa em homenagem à vereadora assassinada.
Entre a apologia ao crime e o crime em si, as ruas foram tomadas por patos, pixulecos e as faixas em apoio à intervenção militar passaram a fazer parte “natural” da paisagem. Tudo isso sob o olhar complacente e a caneta engajada da grande imprensa brasileira.
Mais reveladora talvez seja a foto de um casal que segue para ato contra Dilma, em Brasília, devidamente acompanhado pela babá de uniforme branco conduzindo o carrinho de bebê. A foto do jornalista João Valadares, afinal, nos diz muito sobre toda essa mudança em curso que veio para nos levar adiante até o passado.
Para ler a legenda clique na letra i abaixo das imagens.
[Best_Wordpress_Gallery id=”45″ gal_title=”De junho de 2013 ao segundo-turno de 2018″]
Co-autor do livro e da série de TV Vulneráveis e dos documentários Bora Ocupar e Território Suape, foi editor de política do Diário de Pernambuco, assessor de comunicação do Ministério da Saúde e secretário-adjunto de imprensa da Presidência da República