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A violência da ditadura militar começou pelas ruas do Recife

Inácio França / 01/04/2025
Esta imagem mostra uma parede de tijolos com grafite. O grafite é composto de palavras e números com uma mensagem política e histórica, incluindo as frases DITADURA NUNCA MAIS e NÃO AO GOLPE, acompanhadas do ano 1964 e outros textos como IVAN - JONAS. A parede tem outras pichações e grafites ao longo dela. Na frente da parede, na calçada, há um homem de roupas escuras caminhando, mas ele está desfocado, capturado enquanto está em movimento.

Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero

A violência dos militares durante a ditadura não ficou apenas entre as paredes dos sombrios centros de tortura, como se viu no filme Ainda estou aqui. No Recife, poucas horas após o golpe de 1964, a dor e sofrimento chegaram às ruas e praças da cidade, levadas por militares completamente descontrolados, porém respaldados pelos seus aliados civis, principalmente usineiros e políticos de direita.

Na tarde de 1º de abril daquele ano, numa das esquinas mais movimentadas da cidade naquela época, aconteceram os dois primeiros assassinatos cometidos pela ditadura. No dia seguinte, um idoso de 64 anos, o líder camponês Gregório Bezerra, foi torturado em plena praça de Casa Forte, endereço de dezenas de representantes da elite recifense. Essas são as histórias que contamos nesta videoreportagem:

AUTOR
Foto Inácio França
Inácio França

Jornalista e escritor. É o diretor de Conteúdo da MZ.