Ajude a MZ com um PIX de qualquer valor para a MZ: chave CNPJ 28.660.021/0001-52
Aos gritos e vaias do público presente, o vereador Tostão de Olinda (Avante) teve o mandatoe o salário suspensos por 30 dias a partir de 1º de julho pela Câmara Municipal de Olinda, por insultar e ameaçar a vereadora Dete Silva (PCdoB) durante a sessão de 7 de maio . A decisão foi tomada em votação no início da tarde de hoje, terça-feira, 25, no Teatro Fernando Santa Cruz, onde a Câmara está reunindo durante a reforma da sede do legislativo municipal.
A decisão de 16 dos 17 vereadores olindenses seguiu a recomendação da comissão de ética da casa, mas não agradou à Dete Silva, pois ela enxerga que a situação deveria provocar a cassação do mandato do agressor. “Eu me sinto injustiçada pelo fato da casa não ter um regimento firme, mais uma vez a gente sai daqui sem a justiça da forma correta”, lamenta a parlamentar. Apesar de discordar, ela teve de voltar favoravelmente ao relatório da comissão da ética, pois, se este fosse rejeitado, Tostão não seria punido
O caso em questão ocorreu durante a 12ª sessão ordinária da câmara, em sete de maio deste ano. Na época, o fato veio à tona por meio de um vídeo nas redes sociais, nele, o vereador é visto chamando a vereadora da oposição de “bandida” e “mentirosa”. Dete Silva também registrou um boletim de ocorrência contra o vereador na Delegacia da Mulher de Olinda por ameaça e injúria.
A representação feminina da Câmara de Olinda é de pouco mais de 10%, sendo 17 parlamentares e só duas mulheres. “É preocupante, não só para mim, como para qualquer mulher que esteja na casa Bernardo Vieira, que esteja na Assembleia ou qualquer espaço político. Eu acho que tem que ter uma lei severa para um crime político desse”, reforça.
O único vereador que não votou na sessão foi o próprio Tostão, que não esteve presente por ter pedido licença médica desde que a sessão em que ofendeu a colega. Ele foi representando pela advogada Amanda Abreu, que discursou em nome do parlamentar. Se dirigindo diretamente à Dete, ela repetiu o pedido desculpas à vereadora: “Ele não quis denegrir sua imagem, mas naquele momento de exaltação, realmente aconteceu e ele não se orgulha disso. Ele, inclusive, não está aqui por não ter condições psicológicas. Quando ele falou a palavra ‘bandida’, ele não quis dizer que você estaria roubando”, disse a defensora de Tostão.
Jornalista formada pelo Centro Universitário Aeso Barros Melo – UNIAESO. Contato: jeniffer@marcozero.org.