Apoie o jornalismo independente de Pernambuco

Ajude a MZ com um PIX de qualquer valor para a MZ: chave CNPJ 28.660.021/0001-52

Conheça a história e a luta de Catucá, o maior quilombo de Pernambuco

Giovanna Carneiro / 29/03/2023
Vilarejo cortado por larga rua central, com pequena igreja na extremidade, tendo ao fundo manguezal cortado por um rio e mar azul ao fundo.

Crédito: Arnaldo Sete/MZ

No século XIX, Pernambuco abrigou um dos quilombos mais importantes da história do Brasil. Espalhados da margem da fronteira agrícola da Zona da Mata Norte até os subúrbios do Recife, os integrantes do Quilombo do Catucá constituíam uma comunidade com grande mobilidade e formada por diversos núcleos dentro das matas da floresta do Catucá, mata que começava nos limites do que hoje é o oeste da Região Metropolitana do Recife, seguia até os mangues e rios da Ilha de Itamaracá, cortava o povoado de Tejucupapo, em Goiana e chegava até a fronteira com a Paraíba. 

Neste texto, a Marco Zero pretende contar um pouco da história do Catucá, sua presença no imaginário e na cultura pernambucana, além das iniciativas de negros e negras para serem reconhecidos como descendentes quilombolas e herdeiros da história do quilombo.

Não é possível mapear precisamente a extensão do Catucá, uma vez que ele foi um quilombo itinerante que ocupou uma vasta extensão da província de Pernambuco. No entanto, de acordo com os estudos historiográficos, o centro do quilombo estava localizado entre as matas dos engenhos Timbó e Monjope, na extensão de Paratibe, em Paulista e no Recife, em um terreno acidentado conhecido como Cova da Onça, onde hoje existe o bairro do Curado III

A data de fundação do quilombo também não é precisa, mas os registros presentes no levantamento feito pelo historiador pernambucano Marcus Joaquim M. de Carvalho, apontam que o Catucá passou a existir às vésperas da independência, durante a Revolução Pernambucana de 1817, quando os escravizados se refugiaram nas matas.

A floresta do Catucá era cortada pelas estradas que levavam gado e algodão dos distritos de Bom Jardim, Limoeiro e Nazaré para o Recife, ou para Goiana, importante entreposto comercial na Zona da Mata. Os caminhos do gado abriam grandes clareiras nas florestas e com o tempo transformaram-se em largas estradas de terra batida. Da área canavieira, circundando Goiana, Igarassu e Itamaracá, seguia açúcar para o Recife, principalmente pelo mar. Mas muitas estradas menores ligavam a capital e os povoados da área de maior densidade populacional da província, onde transitava uma população livre bastante diferenciada. As comunicações entre o porto do Recife e o hinterland [termo alemão usado como sinônimo de sertão ou interior] da Zona da Mata seca passavam, portanto, perto do quilombo. A situação era ideal para os ataques dos quilombolas.

Trecho do artigo O Quilombo de Catucá em Pernambuco, de Marcus Joaquim M. de Carvalho

Apesar da constante repressão das autoridades da província, os integrantes do Catucá – formada em sua maioria por negras e negros escravizados e fugitivos, mas com registros que apontam para integração também de pessoas brancas (que, para o historiador Marcus Joaquim, podem ser pessoas pardas que, a época, se identificavam como brancas) – não se limitaram a formar uma sociedade alternativa isolada na floresta. “Catucá, portanto, está entre os quilombos do Brasil oitocentista, que tinham por base essas cumplicidade entre escravos de engenho, quilombolas e a população livre e liberta local, mormente os não proprietários dos meios de produção”, destacou Marcus Joaquim. 

Os quilombolas promoveram ataques aos engenhos, comerciantes e às casas de moradores que ficavam próximas às matas. As ações violentas ou de rebeldia levaram as autoridades a organizarem expedições punitivas contra os quilombolas que resultaram na morte e na captura de muitos deles. O quilombo de Catucá, e seus diversos núcleos, viveram sob ataques e resistência durante anos. 

O quilombo renascia sempre que as elites se dividiam, e sofreu seus maiores revezes quando a classe senhorial estava unida. Ele cresceu com as disputas pela independência e a Confederação do Equador, mas foi duramente combatido na segunda metade da década de 1820. Voltou a crescer no final da década, e na primeira metade dos anos 1830, quando várias convulsões agitaram o Recife e o interior, principalmente a Cabanada (1832-1835), no outro lado da província. Terminada a guerra dos cabanos, a repressão voltou-se novamente para a zona da mata seca. O Catucá continuaria existindo como asilo de fugitivos da justiça estatal e senhorial, mas o quilombo, como tentativa de construção de uma sociedade alternativa, foi destruído no final da década de 1830.

Trecho do artigo O Quilombo de Catucá em Pernambuco, Marcus Joaquim M. de Carvalho

Tendo como uma de suas principais características o fato de ser um quilombo móvel, o Catucá era dividido em vários grupos que viviam no meio da floresta e tinham como meio de vida a agricultura de subsistência, além da prática de furtos e assaltos em engenhos e estradas, comércio e contrabando. Tanto a sua instalação nas matas, com a possibilidade maior de fuga e criação de armadilhas, quanto o seu espraiamento por diversos pontos de toda a província pernambucana deu ao quilombo uma maior possibilidade de luta. 

O fato da população negra ter sido escravizada e vivido sob um regime de subordinação durante um longo período da colonização e pós-colonização fez com que os negros não tivessem acesso à educação, o que impossibilitou que pudessem escrever a sua própria história. Com isso, como defendeu a escritora Beatriz Nascimento no livro Uma história feita por mãos negras, um dos seus estudos sobre a historiografia negra brasileira: “baseados nos documentos de repressão oficial, os estudos de ‘quilombos’ caem sempre na análise do momento do ataque da ordem social vigente aos estabelecimentos negros”. 

Tal fato pode criar uma visão estereotipada dos quilombos onde eles só são analisados a partir da luta armada, desconsiderando, assim, o poder de autonomia racial, social, cultural e econômica gerados pela população negra livre e sua capacidade organizativa. É preciso inferir que o quilombo não é apenas um movimento de contra-ataque e revolta, mas sim um modelo social alternativo pautado na garantia de direitos para a população menos abastada e historicamente violentada.

Foto aérea de manguezal e mata atlântica cortada pela curva de um rio, sob o céu azul com poucas nuvens.

Catucá se estendia dos mangues de Goiana até os subúrbios do Recife. Crédito: Arnaldo Sete/MZ Conteúdo

Malunguinho na mata é rei

A história reverencia, com razão, Zumbi dos Palmares como a principal liderança quilombola do Brasil. E é inegável a importância de Zumbi para a história de libertação do povo negro escravizado, porém é preciso ressaltar também as demais lideranças que por ele foram inspirados e que pouco são reconhecidos. 

Em Pernambuco, o Quilombo de Catucá também é conhecido historicamente como o Quilombo de Malunguinho. Assim como o Quilombo de Palmares, a denominação é uma homenagem ao principal líder quilombola da província pernambucana, o guerreiro Malunguinho.

Curiosamente, apesar de haver inúmeros registros de diligências contra Malunguinho – com ofertas de recompensas do governo provincial datadas de 1827 pela sua morte – não há informações concretas sobre a fuga, morte ou captura de nenhum líder com esse nome. Alguns historiadores chamam atenção para o fato da palavra “malungo” significar companheiro e ter sido usada como forma de tratamento entre pessoas escravizadas que vieram ao Brasil no mesmo navio negreiro. 

Portanto, até hoje, não se sabe se Malunguinho era uma pessoa ou uma forma de tratamento dos quilombolas ao seu líder. Porém, documentos de uma expedição repressiva que aconteceu em 1829 mencionam o nome de cinco líderes do Catucá, todos tinham nomes próprios e nenhum deles possuía o apelido de Malunguinho. 

Caso Malunguinho não tenha sido realmente uma única pessoa e sim uma forma de referência aos líderes do Catucá, o último Malunguinho que se tem registro na história foi João Batista, morto em combate no ano de 1835.

Todo o mistério que envolve a vida de Malunguinho, e sua relevância na história, fez com que ele se tornasse uma entidade sagrada da jurema, religião de matriz negra, indígena e nordestina. A entidade Malunguinho é cultuada como um mensageiro responsável por ser o elo de ligação entre a jurema e os humanos. Ligação que faz sentido quando olhamos para o resgate histórico promovido pelos quilombolas remanescentes do quilombo de Catucá. O líder do quilombo se transformou em divindade e, assim, não só preservou uma história real como a perpetuou de forma cosmológica através de cultos, cânticos e rituais. 

Catucá 2023

Se os registros históricos definem o Quilombo de Catucá como uma organização social alternativa findou no final dos anos 1830, quase 200 anos depois, o processo de reconhecimento de remanescentes quilombolas segue firme. 

Devido às diferenças do contexto histórico, com o fim da colonização e da escravidão, é impossível pensarmos em quilombos tradicionais como os do século XIX, afinal, como definiu o escritor Edison Carneiro, eles nasceram “como forma de luta contra a escravidão, como estabelecimento humano, como organização social, como reafirmação de valores das culturas africanas, sob todos esses aspectos, o quilombo revela-se um fato novo, único, peculiar – uma síntese dialética”. 

Porém, o processo de aquilombamento ainda é entendido como um movimento de resistência em uma sociedade que perpetua o racismo e nega a humanização e a valorização histórica, social e cultural da população negra. Portanto, “a importância dos quilombos na atualidade pode ser compreendida pelo fato desse evento histórico fazer parte de um universo simbólico em que seu caráter libertário é considerado um impulsionador ideológico na tentativa de afirmação racial e cultural do grupo”, como defende Beatriz Nascimento. 

E foi justamente em um movimento de resgate histórico que Gedália Maria da Silva – conhecida como Dadá Quilombola – lutou com sucesso para que a comunidade onde nasceu e foi criada, a Povoação São Lourenço, localizada em Goiana, na Mata Norte, fosse reconhecida como um quilombo remanescente do Catucá. Foi lá que a Marco Zero a encontrou, em frente à igreja do santo que dá nome ao vilarejo.

“Nós demoramos muito a nos reconhecer como quilombolas e isso é devido a desvalorização que a gente sofre. A gente não conhece a nossa própria história”, afirmou Dadá Quilombola, professora aposentada e integrante do Instituto Histórico Arqueológico e Geográfico de Goiana. 

Em 2003, a quilombola foi convidada a participar de um encontro de comunidades quilombolas que aconteceu em Salgueiro e a partir daí começou a se aprofundar na história do seu povoado. “Uma representante do quilombo Conceição das Crioulas  me chamou para o encontro e disse ‘venha representar o seu quilombo’, e depois ela me apresentou a historiadores que começaram a me ajudar a entender que éramos parte do quilombo de Catucá”, contou Dadá. 

A partir daí, a professora passou a fazer o resgate histórico com os próprios moradores da Povoação São Lourenço, inclusive com seus pais, para entender o processo de formação da comunidade, além de um processo de pesquisa que contou com a ajuda de historiadores e acadêmicos. Com isso, Dadá passou a ser a representante da causa quilombola, participou de reuniões e congressos, e se empenhou para que o lugar fosse reconhecido como remanescente de quilombo. Reconhecimento conquistado em 2005, quando a Fundação Palmares certificou a comunidade como quilombo remanescente do Catucá. 

Porém, mesmo após a conquista do título, Dadá ainda luta para que os próprios moradores da povoação se reconheçam enquanto quilombolas. “Infelizmente ainda existe muito preconceito na sociedade e as pessoas têm medo, têm vergonha de dizer que são quilombolas porque associam isso a negritude de uma forma ruim, como se fôssemos pessoas inferiores”, disse a quilombola.

Além disso, a comunidade ainda não conquistou a titulação das terras quilombolas, o que resulta na impossibilidade da desapropriação de terrenos que foram comprados por senhores de engenhos e empresários e na especulação imobiliária. “Nós tínhamos várias construções históricas, como uma Casa Grande de engenho, que ficava na área rural próxima a comunidade, mas ela foi destruída pelos proprietários das usinas e nós perdemos isso, porque a terra ainda não é nossa”, revelou.

Atualmente, a representante do quilombo luta para a restauração e preservação da ruína da Igreja Rosário dos Pretos e também da Escola Basílio Machado, patrimônios históricos da povoação. 

Dadá Quilombola aos pés da ruína da Igreja Rosário dos Pretos do Quilombo Povoação São Lourenço. Crédito: Arnaldo Sete/MZ

Para Dadá, a melhor forma de promover o reconhecimento quilombola na população a partir da educação. “Quando fomos reconhecidos como remanescentes quilombolas, nossa escola [Escola Municipal Adélia Carneiro Pedrosa] passou a ter um ensino mais voltado para essas questões de raça, para a história do quilombo e isso é muito importante”, concluiu a líder quilombola que também é responsável pela criação de um grupo de coco de roda para crianças e adolescentes da comunidade. Dadá afirmou que o objetivo do grupo é promover uma identificação com a cultura afro-brasileira e nordestina. 

Ao conhecer o Quilombo Povoação São Lourenço – a pouco mais de 30 quilômetros de Goiana com uma população pequena e de modo de vida tradicional, com renda baseada na pesca – é possível perceber que há uma grande influência das igrejas católica e evangélica na comunidade, o que, de acordo com Dadá, promove uma certa resistência às figuras da história negra, como o próprio Malunguinho. “A gente sente até dificuldade em cultuar outras religiões, de matriz africana, aqui na comunidade”, revelou a quilombola que contou já ter recebido retaliações por parte da comunidade devido a sua religião. 

“Existe Malunguinho guerreiro, na história, e existe Malunguinho divindade, eu tenho uma ligação com os dois, mas eu respeito todas as religiões. Minha luta é para que a comunidade conheça a sua história e sinta orgulho em dizer que é quilombola remanescente do Catucá”, finalizou Dadá Quilombola.

Uma ligação ancestral e divina

O reconhecimento da história de Dadá e do seu quilombo também passa pela relação da quilombola com a entidade sagrada de Malunguinho. Experiência semelhante a de Elaine Albuquerque, responsável por gerir o Quilombo do Catucá, um centro cultural e de acolhimento localizado em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.

“O quilombo de Catucá foi um quilombo itinerante, quilombo esse que hoje os remanescentes reconhecidos vivem lá na Povoação de São Lourenço em Goiana. Mas quando a gente vai para a história, a gente entende que foi um quilombo que permeou exatamente esse espaço onde nós estamos agora, essa localidade, e quando nós fomos fazendo a árvore genealógica da nossa família chegamos à conclusão que também somos descendentes dos quilombolas do Catucá, por isso, hoje, a gente faz questão de afirmar que Catucá está espalhado por todos os lugares e eu acredito que todas as pessoas negras de Pernambuco são remanescentes desse quilombo e dessa história”, afirmou Elaine ao justificar a escolha de nomear sua casa como Quilombo do Catucá.  

Apesar de não ter o reconhecimento oficial, a história de Elaine se conecta a de Dadá através de um conceito de quilombismo defendida pelo escritor Abdias Nascimento, que o define como um movimento de práticas pedagógicas baseadas em saberes ancestrais de matriz africana que tem o objetivo de fortalecer uma humanidade que só é compreendida a partir do senso de coletividade.

Ambas as mulheres negras são protagonistas em criar movimentos de resgate histórico e cultural da população negra através da organização coletiva. Porém, Elaine é fruto da trajetória de sua mãe, a ialorixá Mãe Flávia do Catucá, que faleceu em 2021 e passou o legado para a filha, que faz questão de relembrar suas vivências.

Mãe Flávia foi criada em berço católico, mas desde criança ela “incorporava”. Aos 11 anos de idade foi obrigada a casar com um homem de 21 anos, com quem teve dois filhos, Elaine e seu irmão. Deybson. Para fugir de uma realidade violenta, Mãe Flávia se separou do marido e foi morar em São Paulo deixando os seus filhos sob os cuidados das irmãs. 

Reunião da comunidade no Quilombo do Catucá, em Camaragibe. Crédito: Reprodução / Instagram

“Foi em São Paulo que ela pôde ser livre e se empoderar. Foi lá que ela ingressou no candomblé e passou a ter uma ligação muito forte com a entidade de Malunguinho”, contou Elaine. Anos depois, ao voltar para Camaragibe, Mãe Flávia fez uma promessa pela saúde do seu filho e a partir disso passou a ofertar doces no dia dos santos Cosme e Damião para as crianças da comunidade. Com isso, ela começou a ser uma figura conhecida e respeitada na comunidade e sua casa virou um verdadeiro centro de acolhimento para crianças, mulheres e jovens. 

“A festividade das crianças fez com que as pessoas fossem se aproximando muito da minha mãe, porque a criança estabelece uma relação de proximidade forte entre as pessoas da comunidade, então, ela passou a dar apoio à comunidade o ano inteiro e não só durante o Cosme e Damião. Porque nas festividades das crianças a gente não dá só os doces, a gente distribui lanche, faz sorteio de cestas básicas, distribui alimentos, tudo pensando em suprir a necessidade da população”, revelou a filha de Mãe Flávia. 

No final de 2003 – mesmo ano ano em que começou a luta de Dadá pelo reconhecimento da Povoação São Lourenço -, Mãe Flávia e seus filhos passaram a morar na casa onde hoje funciona o Quilombo de Catucá, que foi construída por eles. Naquele ano, criaram um grupo de coco de roda e Deybson de Oxalá, irmão de Elaine, sugeriu que o grupo fosse denominado de Catucá, em homenagem ao quilombo. Nesse momento, Mãe Flávia revelou sua relação com Malunguinho e a família passou a fazer uma pesquisa sobre suas origens. Com isso, descobriram que também eram remanescentes quilombolas e passaram a atuar de forma mais incisiva na promoção de atividades de valorização cultural, histórica e social da comunidade. 

Após a morte de Mãe Flávia, Elaine e Deybson assumiram a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho da ialorixá. Atualmente, o Quilombo de Catucá, em Camaragibe, tem realizado atividades educativas e de letramento para as crianças, roda de diálogos e apoio psicológico para mulheres vítimas de violência e suporte a jovens usuários de drogas. Além de ofertar doações de alimentos e roupas para a comunidade, e realizar, mensalmente, a sambada de coco que promove um momento de festejo, representatividade e reconhecimento cultural. 

Sambada de coco no Quilombo do Catucá. Crédito: Reprodução/Instagram

“Nessas atividades que a gente vai desenvolvendo a gente vai inserindo a nossa representatividade dentro do aparato religioso também. Hoje, a gente entende que nossa forma de ser e estar no mundo tem muito a ver com a nossa espiritualidade, com as nossas escolhas e com essa nossa ancestralidade, então, a gente sempre tenta trazer isso à tona de formas sucintas”, concluiu Elaine Albuquerque.

Seja na história ou na espiritualidade, a referência ancestral da figura de Malunguinho e de sua história no Quilombo de Catucá permanece viva como um legado de libertação e resistência do povo negro, que seguem afirmando através de cânticos que “Malunguinho na Mata é Rei”.

Uma questão importante!

Colocar em prática um projeto jornalístico ousado custa caro. Precisamos do apoio das nossas leitoras e leitores para realizar tudo que planejamos com um mínimo de tranquilidade. Doe para a Marco Zero. É muito fácil. Você pode acessar nossa página de doação ou, se preferir, usar nosso PIX (CNPJ: 28.660.021/0001-52).

Apoie o jornalismo que está do seu lado.

AUTOR
Foto Giovanna Carneiro
Giovanna Carneiro

Jornalista e mestranda no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco.