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No Dia Internacional da Mulher, mulheres de diferentes bairros da Região Metropolitana do Recife foram às ruas de Olinda para o ato do 8M 2025. Com o tema “Pela vida de todas as mulheres, por direitos, enfrentando a extrema direita e o capital”, o evento reuniu representantes de, pelo menos, 30 organizações e movimentos sociais que se concentraram no Largo do Varadouro, em frente ao Mercado Eufrásio Barbosa, a partir das 15h.
Segundo a organização do evento, a escolha de Olinda para sediar a manifestação este ano reforça a intenção de descentralizar a mobilização e destacar a luta das mulheres cis, trans e corpos dissidentes por direitos e dignidade.
Entre as principais reivindicações, estavam o fim da escala 6×1 e a rejeição à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/2012, que pretende restringir o direito ao aborto legal. A PEC 164/2012, um dos principais alvos de críticas, pretende proibir e criminalizar ainda mais o aborto, mesmo nos casos já previstos em lei, obrigando mulheres e meninas a manterem gestações resultantes de violência sexual.
A manifestação também denunciou a sobrecarga de trabalho imposta às mulheres, principalmente as negras, que enfrentam jornadas exaustivas e, muitas vezes, solitárias. Por isso, a luta pelo fim da escala 6×1 surge como um pedido urgente de melhores condições trabalhistas.
Outras pautas levantadas durante o ato incluíram a luta por tarifa zero e transporte público seguro, educação laica, saneamento básico e justiça climática. Além disso, o combate ao feminicídio, transfeminicídio e lesbocídio foi reforçado como um dos muitos itens da campanha do 8M.
Além das militantes e ativistas que sempre participam e também promovem a organização do ato, o 8M deste ano também contou com a presença um grupo de mulheres e meninas que, pela primeira vez, estiveram em uma manifestação do tipo. Elas vieram do Córrego do Sargento direto para as ruas de Olinda, onde encontraram dezenas de outras mulheres que já foram em sua comunidade debater ou ministrar palestras.
De acordo com a jornalista Martihene Oliveira, coordenadora da organização Coletivo Sargento Perifa, falou que esse encontro provocou uma reação inesperada: “Elas ficaram encantadas por encontrar as ativistas que já estiveram no Córrego do Sargento. Estamos formando uma nova geração de mulheres da comunidades que irão participar das lutas”, explicou Oliveira.
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