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por Milton Tenório*
Enquanto o debate público se concentrou intensamente no desmatamento de 90 a 100 hectares e no risco hídrico para o sistema Botafogo, o aspecto da atividade militar em si (como o treinamento com artilharia) representa uma camada adicional de impacto, talvez o pior em termos de perturbação direta à fauna e à comunidade do entorno.
A questão dos obuses e explosivos levanta preocupações críticas que merecem atenção do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e do Ministério Público Federal (MPF), tais como:
A sociedade civil e os órgãos de fiscalização, como o MPPE e o MPF, precisam incorporar o risco do campo de treinamento militar (com uso de obuses) em suas análises, não se limitando apenas à área a ser desmatada.
A pressão continua sendo fundamental para exigir o EIA/Rima completo que contemple o uso de explosivos; buscar alternativas de localização que não comprometam uma APA e suas funções essenciais, como a hídrica, e que não exponham a população e a fauna ao risco militar; e reforçar que compensar a destruição de uma nascente de Mata Atlântica não é preservar.
*Milton Tenório é ambientalista, morador de Aldeia e fundador do Movimento Gato-maracajá
É um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público.