Apoie o jornalismo independente de Pernambuco

Ajude a MZ com um PIX de qualquer valor para a MZ: chave CNPJ 28.660.021/0001-52

Programa de formação em jornalismo antirracista oferece bolsa de R$ 10 mil para reportagem

Marco Zero Conteúdo / 21/08/2023

Crédito: Banc0 de Imagens FreePik

No mês da primeira infância, celebrado em agosto, o Nós, mulheres da periferia, em parceria com Alma Preta Jornalismo e Marco Zero Conteúdo, lança o programa formativo “O papel do jornalismo periférico e antirracista na proteção das crianças negras”. A ação tem o apoio da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, organização que atua na defesa da garantia de direitos para a primeira infância.

Para marcar o lançamento do programa e a importância do mês de agosto para o tema, será realizado no dia 30 de agosto, das 19h às 21h, o evento online “Mães e crianças negras: sementes de comunidades vivas”.

As crianças negras e indígenas, juntamente com suas cuidadoras são as mais impactadas pelas desigualdades estruturais presentes na sociedade brasileira. Por isso, é fundamental que o assunto esteja presente nos noticiários, trabalhos acadêmicos e pesquisas, contribuindo para a consolidação e reivindicação de políticas públicas.

O evento contará com a participação de convidados especiais que têm experiência em áreas relacionadas à maternidade, racismo, jornalismo e primeira infância. Os nomes das participantes serão divulgados em breve, tanto no site quanto nas redes sociais do Nós, mulheres da periferia.

Para participar, é preciso fazer inscrição pelo link bit.ly/nos-maesecriancas até o dia 30 de agosto, quarta-feira, às 14h. Jornalistas, comunicadores e interessados no tema de todo o Brasil poderão assistir. Será concedido certificado de participação.

Inscrições para a formação

No dia do evento, além do espaço para escuta e diálogo, serão abertas as inscrições para o programa formativo online “O papel do jornalismo periférico e antirracista na proteção das crianças negras”. Este ciclo é voltado para jornalistas, estudantes de jornalismo e comunicadores com atuação no nordeste do país.

Serão selecionadas 35 pessoas para participarem de quatro encontros online, cada com duas horas e trinta minutos de duração. Cada aula terá um eixo temático e será conduzida por uma profissional de relevância na área. Ao final, todas as pessoas participantes poderão concorrer a uma bolsa de R$10 mil para financiar uma reportagem comprometida com a proteção das crianças e mulheres negras.

Jornalismo antirracista

Essa iniciativa contribui para a missão dos veículos e parceiros de trazer à tona histórias e narrativas sobre os desafios que permeiam o cotidiano de mães, bem como a importância de garantir os direitos de crianças negras.

Mayara Penina, especialista em Educação Infantil, e diretora de conteúdo do Nós salienta a relevância desta formação para fomentar discussões no ecossistema do jornalismo. “Este ciclo formativo tem o objetivo de debater nossa atuação jornalística quando abordamos infâncias negras em todas as editorias. O olhar cuidadoso e responsável para o nosso campo de atuação deve pautar um jornalismo antirracista”.

Para Pedro Borges, editor-chefe da Alma Preta Jornalismo, o programa é fundamental para debater o racismo estrutural e seu impacto no cotidiano de mães e crianças negras. “Iniciativas como essas só poderiam vir de uma reunião desses veículos com compromisso com os direitos humanos nas suas diferentes perspectivas e interseccionalidades. Juntos, topamos o desafio de olhar para a primeira infância com olhar mais cuidadoso”.

A gerente de comunicação da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Sheila Ana Calgaro, defende o apoio a iniciativas em rede que incitem o debate no campo da comunicação sobre os direitos de crianças negras, como essencial para a reflexão sobre o racismo.
“Através de projetos de comunicação colaborativos e interconectados, podemos construir um ambiente propício para a reflexão e discussão sobre os direitos das crianças negras, promovendo uma análise profunda do racismo em nossa sociedade.”

Sérgio Miguel Buarque, coordenador executivo da Marco Zero conta que estão muito empolgados com o início dos trabalhos. “Um projeto fundamental tanto no conteúdo quanto na forma. No conteúdo, por discutir caminhos para um jornalismo antirracista, comprometido com proteção das crianças negras. Na forma, por fortalecer redes de jornalismo, fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, atuando de forma colaborativa e integrada.”

Sobre o Nós, mulheres da periferia

O Nós, mulheres da periferia é um site jornalístico dedicado a repercutir a opinião e a história de mulheres negras e periféricas. Seu compromisso é oferecer um outro jeito de ver os acontecimentos no Brasil e no mundo e contribuir para a construção de uma sociedade plural, antirracista e não patriarcal. Em atividade desde 2014, o objetivo do veículo é democratizar o debate público e aproximá-lo da realidade brasileira, que tem uma população majoritariamente formada por mulheres negras. Seguindo uma linha editorial transparente com suas leitoras e leitores, o fazer jornalístico do Nós, mulheres da periferia é guiado por valores como ética, confiabilidade e independência.
www.nosmulheresdaperiferia.com.br

Sobre a Alma Preta Jornalismo

A Alma Preta é uma agência de jornalismo especializada na temática racial. O objetivo é construir um novo formato de gestão de processos, pessoas e recursos através do jornalismo qualificado e independente. A história da agência começou em 2015 como um coletivo de universitários e comunicadores negros, que perceberam desde jovens a necessidade de produzir pautas antirracistas no Brasil. Desde então, o veículo ganhou notoriedade pelo caráter político na produção de nossos conteúdos editoriais por acreditarem que seu trabalho tem o dever de informar, visibilizar e potencializar a voz da população negra.

www.almapreta.com.br

Sobre a Marco Zero Conteúdo

A Marco Zero Conteúdo é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem por objetivo qualificar o debate público promovendo o jornalismo investigativo e independente. Em um cenário de concentração de mídia e perda de credibilidade dos meios de comunicação tradicionais, como vem ocorrendo no Brasil, a Marco Zero aposta na produção de reportagens e conteúdos que exponham as relações de poder, dando destaque a temas de interesse público invisibilizados pela mídia corporativa.

Sobre a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Organização que atua desde 2007 aos direitos da primeira infância. Atua para transformar a vida das crianças do nascimento até os 6 anos, principalmente as mais vulneráveis, abrindo caminho para um futuro com mais perspectivas e um país com mais equidade. Para tanto, elegem quatro prioridades: mobilizar as lideranças públicas, sociais e privadas; sensibilizar a sociedade; fortalecer as funções dos pais e dos adultos responsáveis pelas crianças e melhorar a qualidade da educação infantil no nosso país.

www.fmcsv.org.br

Serviço:

Evento online: Mães e crianças negras: sementes de comunidades vivas.

Data: 30 de agosto, quarta-feira

Horário: das 19h às 21h (horário de Brasília)

Gratuito

Inscrições neste link bit.ly/nos-maesecriancas

AUTOR
Foto Marco Zero Conteúdo
Marco Zero Conteúdo

É um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público.