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O Fundo Brasil divulgou nesta segunda-feira (13) o resultado do edital “Jornalismo Investigativo e Direitos Humanos”, lançado em junho deste ano para estimular a produção de reportagens que contem histórias relevantes e contribuam para melhorar a compreensão da sociedade sobre violações de direitos humanos.
A fundação recebeu 300 propostas e 18 foram selecionadas para receber o apoio. Os apoiados e apoiadas são: Manuela Regina Tecchio; Clarissa de Oliveira Pinto Levy; Júlia Rohden Ramos; Escola de Jornalismo da Énois; Cláudia Campelo Tavares; Marco Zero Conteúdo; Articulação de Movimentos do Centro Antigo de Salvador; Coletivo Nós, mulheres da periferia; Data_Labe; De Olho nos Ruralistas; Gizele de Oliveira Martins; Ponte Jornalismo; Juliana Tinoco; Livre.jor; Walter Teixeira Lima Junior; Fronteira – Agência de Jornalismo; Jornal A Sirene; Everton Dantas Beserra.
O edital é realizado por meio de uma parceria do Fundo Brasil com a Fundação Ford, a Fundação Open Society e a Clua (Climate and Land Use Alliance). Serão destinados R$ 680 mil para apoiar os projetos – cinco deles estão relacionados a questões de violação de direitos socioambientais. Cada projeto receberá até R$ 40 mil para realizar a reportagem no período de um ano.
A seleção foi feita por um comitê independente, formado por especialistas. O comitê identificou os projetos a serem apoiados e depois os apresentou à governança do Fundo Brasil, responsável pela decisão final.
O comitê foi formado por Bianca Santana, jornalista, escritora e doutoranda em Ciência da Informação na Escola de Comunicações e Artes da USP; João Brant, militante das áreas de comunicação e cultura, um dos fundadores do Intervozes e ex-secretário executivo do Ministério da Cultura; e Cristiane Fontes, jornalista e consultora, mestre em mídias interativas, com experiência no ISA – Instituto Socioambiental, na embaixada britânica e a primeira coordenadora da Clua no Brasil.
“Conseguimos abranger o território nacional e uma diversidade grande de proponentes”, analisou Bianca após a seleção. “De fato o jornalismo investigativo pode ser um caminho importante para comunicar as violações e as resistências que têm acontecido pelo Brasil e para a gente se fortalecer para o que vem”.
Foram analisadas propostas de jornalistas experientes e novatos; e indivíduos e coletivos de todas as regiões brasileiras.
“O conjunto das propostas selecionadas reflete uma diversidade importante”, disse Brant. “É importante jogar luz sobre cenários que são muitas vezes entendidos de forma genérica, mas que na prática não conhecemos. Mostrar quem são os sujeitos dessas histórias, o que eles pensam”.
Os principais critérios para a seleção foram relevância e estruturação da pauta; pré-apuração; qualidade e diversidade das fontes; plano de disseminação; importância da reportagem para melhor compreensão de determinados temas; diversidade temática e regional; diversidade de perfis; e novas formas de apresentar a reportagem.
Devido ao caráter sigiloso da apuração jornalística, os detalhes dos projetos serão divulgados apenas após a conclusão dos mesmos.
Fundo Brasil
O Fundo Brasil é uma fundação independente, sem fins lucrativos. É um elo entre doadores e organizações locais. Oferece apoio financeiro e técnico a essas organizações, para viabilizar projetos de defesa e promoção de direitos humanos. São iniciativas que empoderam pessoas e fortalecem a sociedade civil.
A fundação atua para que integrantes de grupos vulneráveis e vítimas de violações possam ser protagonistas de suas próprias causas, ampliando suas vozes para defendê-las.
O Fundo Brasil tem ainda o objetivo de dar visibilidade ao papel das organizações na defesa dos direitos humanos. É também dessa forma que contribui para transformar realidades de violação e para o fortalecimento da democracia.
É um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público.