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O projeto Mãelitante está realizando uma série de lives com temas jurídicos e médicos focados na Lei Brasileira de Inclusão. O objetivo da iniciativa é levar informação às mães de crianças com deficiência durante o período de isolamento social em que estão impedidas de realizar reuniões presenciais devido a pandemia.
As lives acontecem toda quarta-feira, às 20h, no perfil do Instagram do projeto e o acesso é gratuito. Caso o público não possa acompanhar a transmissão ao vivo, os vídeos ficam salvos e podem ser acessados a qualquer momento.
O Mãelitante nasceu a partir da necessidade de criar uma rede de apoio às mães de crianças com deficiências, que, em sua maioria, são mães solo e sofrem com o abandono parental.
“Essa mulher é socialmente invisível. Se ser mãe solo já é difícil, ser mãe solo de uma criança com deficiência é mais difícil ainda, porque, se essa mãe não tem um apoio, ela não consegue trabalhar, não consegue sair, ela é uma cuidadora 24 horas”, comentou a idealizadora do projeto, Daniela Rorato. Mãe de Augusto, portador de síndrome de Down e autismo, a empreendedora social conhece bem o cotidiano e os desafios enfrentados por mães de crianças com deficiência.
Durante seu trabalho em ONGs e instituições de apoio à crianças com deficiências, Daniela sentiu a necessidade de unir voluntários para levar informações às mães através de debates e rodas de diálogos. “Muitas mães não entendem nada sobre legislação, não sabem nem para que serve um defensor público, então eu convidei pessoas que entendem do assunto para criar um network para essas mães”, declarou a ativista.
“Durante muitos anos eu coordenei reuniões de acolhimento e conscientização para mães cuidadoras. Agora, com a pandemia, não podemos fazer presencial. Então a intenção é levar a informação até elas. E informação pode mitigar as dúvidas e decisões, além de trazer empoderamento”, afirmou Daniela.
Por enquanto, as lives acontecem apenas no perfil do Instagram do Mãelitante, mas a expectativa é de que o projeto cresça e migre para o YouTube. Para isso, Daniela pretende buscar formas de financiar o projeto. A primeira série de lives teve início no dia 12 de maio e segue até o dia 09 de junho, mas uma nova programação será divulgada ainda este mês.
Tema: Transformação Atitudinal Sistêmica e a construção do Bem Comum
Participação: Estella Parisotto Lucas, neuropsicopedagoga clínica e fundadora da Constellate – Educação Sistêmica para a Vida, espaço voltado para a Transformação Atitudinal Sistêmica; terapeuta holística
Tema: Ter um filho com deficiência no Brasil e a luta pelo reconhecimento da condição de cuidadora
Participação: Daniela Rorato , empreendedora social, gestora da Soluções Inclusivas. Mãe do Guto e ativista pelo direito da mãe cuidadora e das pessoas com deficiências. Especializada em políticas de atenção para pessoas com deficiências, colaboradora da Folha de São Paulo no tema inclusão e deficiência
Tema: O papel da Defensoria Pública na Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiências
Participação: André Carneiro Leão, defensor público da União
Tema: Diagnóstico precoce, uma luta dentro do SUS
Participação: Dra. Paula Arruda, médica geneticista
Jornalista e mestra em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco.