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Desta quinta-feira, 22 de maio, até domingo, dia 25, o Recife será palco do Conecta Latinas, um encontro internacional que reunirá aproximadamente 200 mulheres negras, indígenas e LGBTQIA+ de mais de 20 países da América Latina e Caribe. Contando com participações do continente africano, o evento tem a intenção de fortalecer o debate sobre a democracia por meio do protagonismo político de quem atua nos territórios onde o Estado não chega.
Promovido pelo Instituto Update em parceria com 12 organizações internacionais, o Conecta é aberto ao público e vai acontecer na Torre Malakoff, no Recife Antigo, com inscrições via Sympla. A programação inclui mais de 20 atividades entre debates, atividades culturais, exibição de filmes e o Festival de Música e Imaginação Política. Entre os destaques estão a presença da ex-deputada Robeyonce Lima, além de lideranças como Valdecir Nascimento (Brasil), Paola Cabezas (Equador), Mikaelah Drullard (Colômbia) e Leonela Massocolo (Angola).
As lideranças que fazem a diferença em seus territórios estarão juntas para trocar estratégias, fortalecer alianças e ampliar a visibilidade de suas atuações, neste momento em que os direitos das mulheres vêm sendo atacados em diversas partes do mundo.
Durante o evento, também será lançado o Mapeamento de iniciativas de apoio à liderança política na América Latina, um levantamento inédito feito em parceria com a Better Politics Foundation, que identificou 207 iniciativas de mulheres e dissidências políticas na América Latina. O relatório é resultado de mais de um ano de escuta virtual e presencial com iniciativas do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México.
De acordo com a organização, o estudo revela um ecossistema robusto e diverso de iniciativas majoritariamente lideradas por mulheres e dissidências negras, indígenas, jovens, populares e LGBTQIA+ que têm ampliado a representatividade e inovação nas práticas políticas a partir dos seus territórios. O documento indica que já existe um movimento articulado, consistente e interseccional que transforma a política com ações concretas, conquistando garantia de água, terra, educação, proteção e soberania para suas comunidades.
“A democracia só se torna real quando reconhece quem já a constrói todos os dias nos territórios. Essas mulheres estão formulando soluções concretas, sustentadas por ancestralidade, solidariedade e coragem política. Com o mapeamento, queremos mostrar que elas não são exceção”, afirma Carol Althaller, diretora executiva do Instituto Update.
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