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O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) investiu pouco mais de R$ 1 milhão na compra de equipamentos de energia solar para construção de usinas fotovoltaicas em cinco campi: Recife, Afogados da Ingazeira, Caruaru e Garanhuns, além da ampliação da iniciativa já existente em Pesqueira. A ideia era proporcionar economia de energia, mas o material, adquirido com recurso público do próprio do instituto por meio de licitação e entregue em 2017, está até agora sem instalação.
No campus Pesqueira, onde já há usina instalada, a economia gerada na conta de luz chega a ser de aproximadamente 15%. A tecnologia solar também reduz os impactos ambientais. As imagens recebidas pela Marco Zero Conteúdo mostram os equipamentos totalmente parados, com algumas das caixas expostas ao ar livre, cobertas apenas com uma espécie de lona.
O IFPE, no entanto, garantiu, em nota enviada pela assessoria de imprensa, que “os painéis estão sendo conservados adequadamente, sem qualquer possibilidade de estarem se estragando”. O instituto alega que o motivo que travou a instalação foi a falta de verba para dar continuidade ao investimento. Os painéis precisam de um sistema de instalação específico para funcionar. “Vale salientar que as intercorrências ocasionadas pelo contingenciamento de recursos prejudicou várias atividades do IFPE e inviabilizou qualquer iniciativa nesse sentido que contasse com recursos próprios”, diz a nota.
A solução vai sair do papel somente agora, mais de dois anos depois da compra, somente para o Campus Recife, que foi contemplado para instalação por uma parceria com a Celpe, por meio do Programa de Eficiência Energética, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com a companhia elétrica, os trâmites internos para contratação da empresa executora estão em andamento e encontram-se atualmente em fase final de aprovação. Quanto aos outros quatro campi, foi assinado há alguns dias um acordo de cooperação técnica para construção dos projetos que ainda serão submetidos ao edital da Celpe.
Atualizado em 6/12/19 às 21h
Vencedora do Prêmio Cristina Tavares com a cobertura do vazamento do petróleo, é jornalista profissional há 12 anos, com foco nos temas de economia, direitos humanos e questões socioambientais. Formada pela UFPE, foi trainee no Estadão, repórter no Jornal do Commercio e editora do PorAqui (startup de jornalismo hiperlocal do Porto Digital). Também foi fellowship da Thomson Reuters Foundation e bolsista do Instituto ClimaInfo. Já colaborou com Agência Pública, Le Monde Diplomatique Brasil, Gênero e Número e Trovão Mídia (podcast). Vamos conversar? raissa.ebrahim@gmail.com