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Crédito: Real Hospital Português/Divulgação
Faltam crianças para receber a nova vacina tetravalente contra a gripe do Instituto Butantan, que está sendo testada em seis estados brasileiros. O estudo, que em Pernambuco, é desenvolvido pelo Instituto Autoimune de Pesquisa e Educação Continuada, em parceria com o Real Hospital Português, prevê a aplicação da vacina em cinco grupos, divididos por faixas etárias. E é exatamente o grupo composto por crianças com idade entre três e oito anos que mais precisa de voluntários.
De acordo com o coordenador da pesquisa em Pernambuco, o virologista Rafael Dhalia, “estamos com muita dificuldade de recrutar voluntários para a faixa de 3-8 anos, o que pode atrasar o estudo e, consequentemente, a implementação da nova vacina tetravalente pelo SUS, o que está previsto acontecer já no próximo ano”. O mesmo acontece nos 10 centros de pesquisa dos outros cinco estados (Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Sergipe) onde a pesquisa também está em andamento.
De acordo com Dhalia, a dificuldade ocorre por conta de uma das condições determinadas pelo protocolo do estudo do Butantan: “A maior parte dos voluntários que procuram o centro de pesquisa para tomar a vacina querem imunizar os filhos ou sobrinhos, mas a grande dificuldade mesmo é a restrição da criança nunca ter se vacinado contra a gripe em toda a sua vida”, explica o coordenador.
O fato da vacina trivalente já estar disponível no SUS e ser recomendada para crianças a partir de seis meses até seis anos incompletos de idade tornou a seleção de participantes dessa faixa mais difícil.
A testagem dessa vacina tetravalente inclui também crianças e adolescentes dos nove aos 17 anos, além de adultos sem limite de idade. Testar os efeitos e a eficácia do imunizante em todas as idades é importante porque, a medida que a capacidade de produção nacional da vacina contra a gripe aumenta, novos grupos prioritários serão beneficiados pelas campanhas de vacinação.
“Faço aqui um apelo para o pai ou mãe, que por um motivo ou outro, não tenha ainda tido a oportunidade de vacinar seu filho de três a oito anos com a vacina da gripe, que nos procure para vaciná-los”, reforça Rafael Dhalia, explicando que, quem fizer isso, “além de estar protegendo seu filho contra os vírus da Influenza, estará contribuindo para nos ajudar na implementação do novo imunizante que, ano que vem, já deverá estar disponível no SUS”.
Para conhecer as vantagens de participar do estudo e o que fazer para ser voluntário, basta clicar na matéria abaixo:
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Jornalista e escritor. É o diretor de Conteúdo da MZ.