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“Ato lúdico” cobra atendimento para crianças com deficiência nas escolas de Paulista

Marco Zero Conteúdo / 21/10/2022
em uma mesa repleta de brinquedos educativos, crianças brincam com ajuda de adultos que estão em pé ao redor. A mesa está sob a sombra, em uma praça pública.

Crédito: Ascom Sinprop

O Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Paulista (Sinprop) realizou um protesto diferente na praça da Educação, que fica no centro da cidade do Paulista. Para defender o cumprimento dos direitos garantidos na Constituição para as crianças, os sindicalistas deram o nome de Ato Lúdico á atividade que reuniu mães, pais e responsáveis de crianças com necessidades especiais que lutam pelo Atendimento Educacional Especializado para seus filhos com necessidades especiais.

O presidente do sindicato, Gilberto Sabino, ressaltou que a ideia do ato lúdico foi “reforçar os direitos e conscientizar o poder público sobre a urgência da garantia de acessibilidade e educação inclusiva nas escolas públicas”. O sindicato informou que, pelo menos, 900 crianças necessitam de atendimento especializado, mas o município conta com apenas 22 profissionais especializados, “o que prejudica a aprendizagem e retira dezenas de crianças com deficiência das salas de aula”.

O problema, porém, não é apenas a falta de professores e professoras qualificadas. O poder público também não oferece estrutura para este tipo de atendimento. “Não há estrutura para receber essas crianças, não existe material adequado para o ensino. A falta de compromisso da prefeitura com essas crianças é gritante, precisamos do apoio de toda a comunidade escolar”, afirmou Sabino.

Pai de uma criança com dificuldade visual, Eduardo Melo participou do protesto e contou um episódio que ilustra a precariedade do Atendimento Especializado: “a última estagiária que mandaram, não sabia lidar com crianças, porque ela deixava a minha filha ir sozinha ao banheiro, sem orientar, sem ensinar. A criança precisa ser ensinada”.

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