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Crédito: Saiba Mais
por Valcidney Soares, da agência Saiba Mais
Segundo levantamento da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), pelo menos 12 cidades já tiveram prejuízos com veículos oficiais, com no mínimo 24 deles destruídos. A lista inclui desde micro-ônibus e ônibus, até caminhões de lixo, caminhões-pipa e carros menores.
Já as consequências nas redes públicas de ensino são maiores. Segundo a Federação, ao menos 53 municípios já suspenderam as aulas em virtude dos episódios de violência. O número representa 31% dos 167 municípios do Rio Grande do Norte.
Para buscar controlar a crise de segurança no Estado, o governo federal tem enviado integrantes da Força Nacional para apoiar as polícias locais.
O primeiro contingente desembarcou em Natal nas primeiras horas desta quarta-feira (15). Um grupo com 100 agentes foi disponibilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e veio para dar apoio às ações de combate à criminalidade.
Em Mossoró também haverá reforço com parte dos integrantes que já estão em Natal, em informação confirmada pelo secretário de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), Coronel Francisco Araújo, e pela governadora Fátima Bezerra.
“Nós já conversamos com o Coronel Alencar, que é o comandante da Força Nacional e com Coronel Alarico que é comandante da PM, para fazer o planejamento e implementar. Com as viaturas da Força Nacional que estão chegando sexta-feira (17), com mais 100 policiais, vai ser mobilizado um efetivo da Força Nacional de homens e viaturas nesse planejamento lá na cidade de Mossoró”, disse o titular da Sesed.
Segundo a governadora, o reforço de efetivo em Mossoró chegará até esta sexta (17), com membros da Força de Segurança Nacional e da Polícia Militar do Ceará. A vinda, de acordo com ela, trará contingente policial, viaturas e equipamentos.
Outra cidade a fazer solicitação de agentes da Força Nacional foi Macaíba, na região metropolitana de Natal.
Entretanto, os números de prefeituras e veículos oficiais afetados podem ser maiores. Na relação de cidades prejudicadas divulgada pela Femurn, por exemplo, não aparecem Natal, Mossoró e Macaíba, justamente os três municípios que solicitaram apoio da Força Nacional.
De acordo com a Prefeitura de Macaíba, a cidade já sofreu ataques que incluem fogo a dois veículos oficiais, um veículo particular e dois ônibus; motorista de ônibus baleado; incêndio em um galpão da Prefeitura, incêndios e tentativa de incêndio em prédios públicos, tiros contra o Fórum, dentre outros. Em Mossoró também há registro de caminhão de lixo que presta serviço à Prefeitura queimado.
Para assegurar o controle da segurança, o ministro da Justiça Flávio Dino se comprometeu a mandar mais reforços policiais ao Estado caso necessário. Em entrevista à CNN, Dino afirmou que pode colocar entre 400 e 800 agentes para apoiar o Rio Grande do Norte.
A governadora Fátima Bezerra esteve comigo e determinei o envio da Força Nacional de Segurança Pública em horas. A própria governadora chegou junto com o primeiro contingente da Força Nacional. Hoje (15), a pedido também, em entendimento com o estado, uma força tática penitenciária. Até distorceram isso, que seria uma espécie de intervenção federal, não há isso. Há o apoio do governo federal ao governo do estado. E esse apoio é ilimitado. Foi essa a determinação do presidente Lula”, explicou Dino.
Na entrevista, ele ainda prometeu a chegada de mais agentes nesta quinta (16).
“Com outros contingentes, vamos chegar a 220 integrantes, inclusive o comandante da Força Nacional está lá no Rio Grande Norte. O Secretário Nacional de Segurança Pública também vai lá essa semana. E tenho falado com a governadora, duas, três vezes por dia. Se for necessário colocar 400, 500, 600, 800 policiais, nós vamos colocar para apoiar o Rio Grande Norte”, continuou.
Agência Saiba Mais procurou a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (Sesed) e questionou quantas e quais cidades potiguares foram alvo de ataques, quantas receberam reforço policial e quantas pediram esse reforço.
Segundo a pasta, os dados não podem ser repassados porque fazem parte das informações da Inteligência do Governo e são estratégicas, não sendo possível divulgar neste momento.
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