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UPE quer identificar estudantes, técnicos e professores atingidos pela ditadura

Informações podem ser fornecidas até 30 de setembro

Marco Zero Conteúdo / 23/09/2024
A foto em preto e branco mostra um grupo de pessoas participando de um protesto ou manifestação. Elas estão segurando faixas com a frase “Estudantes e Trabalhadores Contra a Ditadura.” A imagem captura um momento de ação coletiva e resistência contra um regime autoritário, refletindo movimentos sociais e políticos históricos.

Crédito: Arquivo Nacional/Correio da Manhã

A Universidade de Pernambuco (UPE) deu início a um inédito processo de identificar integrantes de sua comunidade acadêmica (docentes, técnicos ou estudantes) que, no período de 1964 a 1985, foram atingidos pela ditadura civil-militar. A ideia é rastrear, identificar e localizar aqueles que foram cassados, perseguidos, presos ou submetidos a outras formas de violência para poder homenageá-los.

A UPE, que na época ainda se chamava Fundação de Ensino Superior de Pernambuco (FESP), possui alguns nomes de docentes e estudantes, cassados pelo Decreto nº 477, em fevereiro de 1969, coletados a partir do Relatório da Comissão da Estadual da Verdade em Pernambuco, porém, segundo a administração da instituição, é possível que existam outras pessoas que não forma incluídas naquele decreto.

Os responsáveis pelo trabalho fazem parte do curso de História da UPE, no campus da Zona da Mata Norte, criaram um formulário para que a sociedade possa contribuir com o processo de levantamento das informações até 30 de setembro. (clique aqui para ter acesso https://forms.gle/E4zXhzASZYdTCxUPA).

“Até o momento, a partir do Relatório da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, chegamos a seis nomes, um docente e cinco estudantes, mas precisamos aprofundar as pesquisas para propor ações que possam reconhecer a luta de membros da nossa comunidade acadêmica pela democracia”, enfatizou a retora da UPE, Socorro Cavalcanti.

A proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário em agosto. Uma das docentes que aprovou a iniciativa foi a professora de Odontologia Aronita Rosenblatt, cujo pai foi preso e perseguido pelos militares: . “Foi um momento difícil, instante em que perdemos os nossos direitos e liberdade. Eu tinha 10 anos de idade quando o meu pai foi preso, torturado e sumiu. A iniciativa é pela memória de todos que tombaram na luta pela democracia, para que jamais volte a acontecer”, contou.

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Marco Zero Conteúdo

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