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A campanha Comida é Patrimônio, do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), lançou um Mapa Digital como ferramenta de defesa dos modos de produzir, viver e comer nos diferentes biomas do Brasil”. A plataforma conta com recursos multimídia e oferece conteúdos sobre os biomas, povos, culturas, comidas e biodiversidade dos biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
O site conta ainda com o mapeamento de iniciativas e organizações quilombolas e indígenas que integram os biomas, além de trazer denúncias sobre o que põe em risco a preservação das áreas ambientais. Sabendo da importância da água para a produção do alimento, o projeto priorizou também o monitoramento da situação dos rios.
O lançamento da plataforma aconteceu nesta quarta-feira, 18 de março, em uma live que contou com participações de lideranças que atuam na área de preservação ambiental.
“O nosso objetivo é politizar uma visão que tem como porta de entrada a cultura alimentar, mas com as suas dimensões variadas, que são traduzidas em princípios, e entre eles está o princípio da diversidade, que é baseado no compromisso que temos em reconhecer que somos uma sociedade pluriétnica e por isso precisamos ter valores contra o racismo e contra o patriarcado”, declarou Maria Emília Pacheco, integrante da FBSSAN, em sua fala durante a live.
O mapa digital foi desenvolvido em parceria com o Centro de Ação Comunitária (Cedac) e com o Projeto de Extensão Comida é Patrimônio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e tem o apoio da Fundação Heinrich Böll. Para ter acesso ao mapa, basta acessar o site comidaepatrimonio.org.br .
A campanha “Comida é Patrimônio” foi lançada em 2015 com o objetivo de estimular a população a pensar na relação entre cultura, alimentação e a luta para estabelecer um sistema alimentar mais saudável e justo para todos.
A campanha foi organizada em quatro eixos, são eles:
A partir disso, uma estratégia de mobilização e comunicação foi criada, para que mais pessoas pudessem se aproximar do projeto e estabelecer a conscientização sobre a cultura e a segurança alimentar e nutricional.
“Nós temos consciência que o nosso conhecimento está em disputa, porque somos nós quem conhecemos e conservamos a biodiversidade local, não é à toa que é onde existem territórios tradicionais que existe a preservação da natureza”, afirmou Lourdes Cardozo, liderança da articulação Pacari e integrante do projeto Comida é Patrimônio.
Esta reportagem foi produzida com apoio do Report for the World, uma iniciativa do The GroundTruth Project.
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Jornalista e mestra em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco.