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Crédito: Aluísio Moreira/SEI
Os relatórios de monitoramento da situação dos rios e reservatórios da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) abrigam uma boa notícia: ao contrário do que aconteceu há um ano, as barragens responsáveis pelo abastecimento d’água da Região Metropolitana do Recife devem ser o suficiente para que a região atravesse os próximos meses, até o início do período das chuvas, a partir de março.
De acordo com a Apac, o último informe do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA) indicava que apenas os municípios ao norte da Região Metropolitana, Igarassu, Itapissuma e Abreu e Lima estavam sob risco de “seca leve”, enquanto todo o restante do Grande Recife, assim como litoral sul e Zona da Mata sul estavam sob a classificação de “sem seca relativa”. O Monitor de Secas é o acompanhamento mensal da seca, realizado pelos estados sob a coordenação da ANA.
Mesmo assim, o reservatório da barragem de Botafogo, que abastece Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima, está com 27,7% de sua capacidade total. Parece pouco, mas em janeiro de 2021 esse percentual não chegava a 6%. Sem a realização oficial do carnaval, que sempre obriga a Compesa a montar esquemas especiais para o período, não serão necessários rodízios de racionamento mais rígidos além daqueles que já acontecem nesses municípios.
Apenas uma barragem está com menos água do que estava há um ano: Carpina conta com apenas 6,3% do sua capacidade (era quase 20% em 2021), que é de 270 milhões de metros cúbicos. Tapacurá está com um volume no mesmo nível de janeiro passado, em torno de 30%. Todas as demais barragens estão com nível d’água acima do que foi registrado há um ano. Duas delas, Bita e Sicupema, aliás, estão vertendo, ou seja, estão com volume de água acima do que suporta.
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Jornalista e escritor. É o diretor de Conteúdo da MZ.