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“Jornalismo e periferias”é um projeto realizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e pelo Google News Lab, cujo objetivo é compartilhar técnicas e ferramentas de jornalismo que possam fortalecer o trabalho de reportagem nas periferias e áreas de maior vulnerabilidade, baixa renda ou desassistidas pelo Estado. Podem participar estudantes e profissionais de Jornalismo que tenham atuação nessas áreas.
A oficina é gratuita e será realizada das 9h às 18h, com intervalo para almoço fornecido pelo evento. A seleção será feita pela Marco Zero Conteúdo, em parceria com a Abraji, e vai priorizar pessoas com atuação em ações e coletivos já consolidados ou envolvidas em projetos em andamento, cujos resultados possam ser beneficiados pelos conhecimentos adquiridos durante a oficina.
A lista dos 20 selecionados será divulgada no dia 8 de dezembro, no site e nas redes sociais da Marco Zero, e a inscrição é feita mediante preenchimento do formulário abaixo.
Oficina Jornalismo e periferias
Quando: Sábado, 16 de dezembro de 2017, das 9h às 18h
Local: Universidade Católica de Pernambuco, Rua do Príncipe, 526, Boa Vista, Recife. Cep 50050-900, na sala 509 do Bloco A
Programação:
09h – Café da manhã
09h30 – Abertura e apresentações das equipes da Marco Zero e da Abraji
09h45 – Fundamentos da Reportagem com Angelina Nunes
11h30 – Jornalismo de Dados com Tiago Mali
13h15 – Almoço
14h15 -Lei de Acesso à Informação com Marina Atoji
16h – Intervalo/café
16h15 – Segurança do jornalista com Lana (Defezap) e Maria Carolina Trevisan
18h – Encerramento
Professores:
Angelina Nunes -carioca, apaixonada pelo samba, ela tem pressa. Nasceu dentro de um trem da Central do Brasil, quando os pais tentavam chegar ao hospital na Tijuca. Está entre as jornalistas mais premiadas do Brasil, tendo conquistado Esso, Embratel, Vladimir Herzog, SIP, YPISeRey de España. Formada pela UFRJ, fez pós-graduação em Políticas Públicas no Iuperjeé mestre em Comunicação pela Uerj. Começou a trabalhar em 1980. Foi repórtereeditora-assistente na Rádio MEC, TVE, TV Manchete, O DiaeO Globo. É professora na ESPM-RJeintegra o conselho da Abraji (Associação Brasileira deJornalismoInvestigativo), da qual foi presidente em 2008–2009. Adora viajareinventar novas trilhas com a filha Bárbaraeo parceiro Paulo. Gosta de dançarecantar, de caminhar na praia ou no mato, de astrologiaetarot. Viciada em sérieseem livros. Gosta de trabalhar em equipeede fotografar. Não gosta de cozinhar, mas adora comer. É uma das idealizadoras do projeto Mulheres 50+.
Equipe DefeZap-DefeZapé um sistema de autodefesa contra esculachos doEstado e produção de informação jornalística com sigilogarantido. O serviço permite o envio de vídeos-denúnciasque mostrem violência ilegal cometida por agentes do Estado,como policiais militares, guardas municipais, policiais civis,membros das forças armadas, entre outros. Esse material érecebido pela equipe DefeZap e sua rede deapuraçãocolaborativa. A DefeZap será representada pela Lana.
Maria Carolina Trevisan-é jornalista há 20 anos, especializada na cobertura de direitos humanos, políticas públicas sociais e democracia. Écolunista do UOL, onde escreve sobre direitos humanos e política, foi repórter especial da Revista Brasileiros, colaborou para IstoÉ, Época, Folha de S. Paulo, Estadão, Trip e Marie Claire, entre outros. Fundou a Ponte Jornalismo e o Jornalistas Livres junto com outros jornalistas. Trabalhou em regiões de extrema pobreza por quase 10 anos e estuda desigualdades raciais há oito. Coordena a área de comunicação do projeto Memória Massacre Carandiru e é pesquisadora da Associação Nacional de Direitos Humanos, Pesquisa e Pós Graduação. É coordenadora de projetos da Andi – Comunicação e Direitos, onde coordena a disciplina Jornalismo e Políticas Públicas Sociais do Programa InFormação. Em 2015, recebeu o diploma de Jornalista Amiga da Criança por sua trajetória com os direitos da infância.
Marina Atoji-é formada em jornalismo pela ECA-USP. Entrou na Abraji como secretária-executiva do Fórum de Acesso em 2011, poucos meses antes de a LAI ser aprovada. Desde 2013 acumula a gerência-executiva da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e é responsável por treinamentos no tema de acesso a informações. De 2008 a 2011, trabalhou na ONG Transparência Brasil comopesquisadora e editora.
Tiago Mali– écoordenador de cursos e projetos na Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).Formado pela PUC-SP com pós-graduação na Universidade de Georgetown, foi editor na editoria de Ideias na Revista Época, redator-chefe na Revista Galileu, editor dossites da ONU e do PNUD no Brasil, repórter e editor no site Terra. Contribuiu como freelancer para Folha de S.Paulo, Revista Carta Capital, Revista EntreLivros e Revista Auto-Esporte, entre outros veículos. Coordenou a tradução e editou a versão brasileira do Manual de Jornalismo de Dados. Foi premiado com menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog 2014 pela matéria “Envenenados” e, com o Projeto Ctrl+X da Abraji, foi um dos vencedores o Data Journalism Awards 2017.
Participação:
Fabiana Moraes – Professora do Núcleo de Design e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, jornalista com mestrado em Comunicação e doutorado em Sociologia. É autora dos livros Os Sertões (Cepe), Nabuco em Pretos de Brancos (Massangana), No País do Racismo Institucional (Ministério Publico de Pernambuco), O Nascimento de Joicy (Arquipélago Editorial); Jomard Muniz de Britto – professor em transe (Cepe). Possui três prêmios Esso (pelas reportagens A Vida Mambembe, Os Sertões e O Nascimento de Joicy); um Embratel (Quase Brancos, Quase Negros), três Cristina Tavares (Os Sertões, Quase Brancos, Quase Negros e História de Mim) e o Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo (pela série Casa Grande e Senzala, 2015). Três vezes finalista do Prêmio Jabuti, é autora do documentário Dia de Pagamento, premiado no Festival Nacional de Pirenópolis
Coordenação:Maria Carolina Trevisan (Abraji)
Sobre a Abraji: “Durante o Seminário, vários de nós voltamos a nos perguntar por que não temos ainda no Brasil uma instituição formada e mantida por jornalistas, independente, voltada para a troca de informações entre nós, para a formação profissional, para o aprofundamento dos conhecimentos e uso de ferramentas na área do jornalismo investigativo, para a formação de uma literatura e bancos de dados, para a promoção de seminários, congressos e oficinas de aperfeiçoamento profissional.Uma entidade que fosse voltada principalmente para o trabalho de crescimento profissional dos jornalistas, o que significa um respeito à sociedade que nos cobra um jornalismo de qualidade.” Com estas palavras, Marcelo Beraba convidava por e-mail outros 44 repórteres e editores de diferentes veículos e estados brasileiros a unir-se em uma nova associação. Era 4 de setembro de 2002. O seminário a que Beraba fez referência, intitulado “Jornalismo Investigativo: Ética, Técnica e Perigos”, fora realizado no Rio de Janeiro em 31 de agosto daquele ano como resposta ao assassinato do jornalista Tim Lopes, sequestrado e torturado no Complexo do Alemão três meses antes.Em dezembro de 2002, cerca de 140 jornalistas reunidos no auditório Freitas Nobre, da Escola de Comunicações e Artes da USP, ergueram o braço e decidiram associar-se no que hoje se tornou a Abraji.Os objetivos inscritos no estatuto da associação permanecem os mesmos quinze anos mais tarde: o aprimoramento profissional dos jornalistas e a difusão dos conceitos e técnicas da reportagem investigativa.Uma das formas mais eficientes de perseguir essas metas é a organização de congressos, seminários e cursos. Em 2017 foi realizado pela 12ª vez o Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, evento consolidado no calendário de jornalistas e estudantes de jornalismo de todo o país. Desde 2015, a Abraji estruturou uma central de cursos on-line que tem oferecido treinamentos em jornalismo de dados, uso de SQL, cobertura de educação, uso da Lei de Acesso a Informações, investigação de contratos públicos, leitura de balanços de empresas e outros.Outra das missões da Abraji é a defesa do direito de acesso a informações públicas: desde 2003, a associação coordena o Fórum de Acesso, rede de 25 organizações cuja pressão foi fundamental para a redação e aprovação da Lei de Acesso a Informações em fins de 2011. Hoje, a Abraji trabalha em diferentes projetos para garantir que organismos em diferentes níveis e esferas de poder cumpram a legislação.Finalmente, a defesa da liberdade de expressão, que está no DNA da Abraji, compõe o terceiro pilar de atuação nos últimos quinze anos, com oferecimento de cursos de segurança para jornalistas, elaboração de um guia para cobertura de protestos e o acompanhamento de casos de censura judicial e de violência contra jornalistas.
Sobre o GoogleNewsLab: No News Lab acreditamos intensamente na importância do jornalismo de qualidade — reportagens originais e baseadas em fatos que divulgam o conhecimento e têm o poder de melhorar a vida das pessoas — e nos jornalistas que o produzem. Acreditamos na capacidade do Google de ser uma força positiva ao auxiliar jornalistas no fortalecimento das narrativas digitais e na produção de mais matérias de fôlego. Além disso, também nos vemos como a voz do jornalismo dentro do Google — para garantir que os interesses, necessidades e preocupações dos jornalistas sejam reconhecidos e refletidos nos produtos e serviços que oferecemos.
Sobre a Marco Zero Conteúdo: É um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público. Produzidas e editadas por jornalistas que procuram ver o mundo com um olhar diferenciado, nossas reportagens podem ser livremente reproduzidas por qualquer veículo sob a licença creative commons. Para manter a independência, não recebemos patrocínios de governos, empresas públicas ou privadas.Também abrimos espaço para a narrativa, publicando e incentivando “histórias bem contadas”. Além disso publicamos material produzido por nossos parceiros editoriais espalhados por toda América Latina.A Marco Zero também se propõe a ser um fomentador do debate sobre o futuro e as melhores práticas do jornalismo, aliando produção teórica, aperfeiçoamento profissional e aplicação prática das ideias e conceitos desenvolvidos.
Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco (1999), com especialização em Design da Informação pela mesma instituição (2010), master em Jornalismo Digital pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) e Universidade de Navarra (2010). Tem Mestrado (2012) e Doutorado (2018) em Design, também na UFPE. Atualmente, é professora dos cursos de Jornalismo e Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco. Atuou durante 17 anos na redação do Diario de Pernambuco, onde foi repórter, editora-assistente e Editora de Internet até o início de 2015. Hoje é presidente do Conselho Diretor do site de jornalismo independente e investigativo Marco Zero Conteúdo.