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Crédito: Allisson Roberto/Secom Barueri
Os gastos de dinheiro público com merenda escolar e nas chamadas “compras emergenciais” relacionadas à pandemia, em Pernambuco, agora podem ser acompanhados mais de perto por qualquer cidadão. A Transparência Brasil lançou as plataformas Tá de Pé Merenda e Tá de Pé Compras Emergenciais, nesta quinta-feira, 24 de junho, em evento virtual com jornalistas e representantes de organizações da sociedade civil.
Com interfaces simples, os sites oferecem ao usuário a possibilidade de pesquisar licitações por meio da busca por município, produto ou contratos. Os dados disponíveis como quadro societário das empresas fornecedoras e valores pagos para cada item, por exemplo, são públicos e foram extraídos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) e da Receita Federal, só que estão organizados de maneira mais simples e intuitiva, permitindo um maior controle social.
As eventuais aplicações de recursos públicos em acordos suspeitos podem ser verificada por meio da ferramenta “Malha Fina da Transparência Brasil”, clicando no botão “Explore”, dos sites. Nessa seção, o cidadão encontra uma seleção de compras e contratos pouco comuns que merecem atenção, pois, ou foram contratados logo após a abertura da empresa fornecedora ou apresentam produtos atípicos – que não constam na base comum de atividades econômicas declaradas à Receita.
De acordo com a diretora de operações da Transparência Brasil, Juliana Sakai, as novas plataformas são frutos de uma experiência que a entidade desenvolveu em 2016 com o aplicativo Tá de Pé. A tecnologia permite que qualquer pessoa possa monitorar obras de creches e escolas financiadas pelo Governo Federal em todo o país. A ideia foi adaptada para merenda e compras emergenciais de combate à covid-19 primeiro, em 2020, no Rio Grande do Sul e agora chega a Pernambuco.
A organização não governamental Transparência Brasil se define como uma instituição “independente e autônoma”, fundada no ano 2000 por pessoas e entidades não-governamentais comprometidas com o combate à corrupção. A ONG não tem fins econômicos ou lucrativos e seu foco principal é promover a transparência e o controle social do poder público.
Esta reportagem é uma produção do Programa de Diversidade nas Redações, realizado pela Énois – Laboratório de Jornalismo Representativo, com o apoio do Google News Initiative”.
Jornalista formado pela Unicap e mestrando em jornalismo pela UFPB. Atuou como repórter no Diario de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi trainee e correspondente da Folha de S.Paulo, correspondente do Estadão, colaborador do UOL e da Veja, além de assessor de imprensa. Vamos contar novas histórias? Manda a tua para klebernunes.marcozero@gmail.com