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PNI pouco explorado nas propostas de governo

Marco Zero Conteúdo / 28/10/2022

Vacinação contra a poliomielite na policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena, cidade do Recife. Crédito: Arnaldo Sete/MZ Conteúdo.

Por Verônica Almeida

Apesar da importância na vigilância e promoção da saúde, inclusive como redutor de desigualdades sociais, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que está prestes a completar 50 anos de existência, foi vagamente citado nas propostas de governo dos candidatos que disputam o segundo turno das eleições para presidente da República e ausente entre as menções das candidatas que desejam governar Pernambuco a partir de janeiro de 2023.

“Retomar o reconhecido programa nacional de vacinação” é um dos compromissos listados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na proposta apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na qual defende o “fortalecimento do SUS público e universal”.

Bolsonaro (PL) promete não abandonar a vigilância à saúde, “onde está inserido o fundamental e bem-sucedido Programa Nacional de Imunizações, que tantas vidas salvou desde sua idealização”. Chama o SUS de Sistema Nacional Único de Saúde e que tem o intuito de fortalecê-lo.

Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (Solidariedade) não exploram o tema vacinação nos planos entregues à Justiça Eleitoral, mas mencionam atenção integral à saúde da mulher no pré-parto, parto e pós-parto. A tucana refere reforço à Atenção Primária, redução da mortalidade materna e infantil e melhor estrutura para Unidades Básicas de Saúde e serviços voltados à primeira infância. Marília propõe centros de referência para atenção integral à mulher até a amamentação.

Conquistas do PNI

Embora o Brasil tenha experiência com vacinação desde o século 19, o PNI só foi instituído em 18 de setembro de 1973, conforme publicação do Ministério da Saúde na época do aniversário de 30 anos do programa. Além de erradicação da paralisia infantil, em 1989, as ações ajudaram a controlar o tétano neonatal e acidental, o sarampo, formas graves de tuberculose, síndrome da rubéola congênita, a coqueluche e outras infecções em crianças, como meningite C e pneumonias. A inclusão progressiva de novas vacinas, ampliação da autossuficiência na oferta e produção de imunizantes eram algumas das metas do programa nas duas décadas passadas.

Este conteúdo integra a série Eleições 2022: Escolha pelas Mulheres e pelas Crianças. Uma ação do Nós, Mulheres da Periferia, Alma Preta Jornalismo, Amazônia Real e Marco Zero Conteúdo, apoiada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

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