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Neste domingo, 24 de agosto, o Marco Zero no Recife Antigo será palco da Primeira Marcha para Exú, um evento inédito e carregado de simbolismo. Com concentração marcada para às 12h, o ato tem como lema “Exú não é o diabo” e busca combater a intolerância religiosa, reafirmando a importância das religiões de matriz africana e o respeito às suas tradições. A iniciativa reúne povos de terreiro, artistas, militantes culturais e apoiadores da diversidade religiosa.
A marcha acontece em uma data especial, quando diversas casas de Candomblé, Jurema, Umbanda e Quimbanda celebram a força de Exú, entidade reverenciada como orixá e também como Exús e Pombogiras na Quimbanda. A organização convida o público a vestir preto e vermelho, cores associadas a Exú, e a levar sua fé, força e simbologias.
O evento contará com apresentações culturais, música, dança, canto e bonecos gigantes, além da presença de importantes lideranças religiosas como ialorixás, babalorixás, juremeiros e quimbandeiros. E promete ser um momento de celebração, resistência e afirmação da identidade afro-religiosa.
Para os organizadores, o ato é mais do que uma celebração: é um posicionamento político. “Quando dizemos que Exú não é o diabo, estamos reafirmando nossa fé e defendendo o respeito às religiões de matriz africana, tão atacadas pelo preconceito”, afirmam. A marcha também pretende ser um grito coletivo contra o racismo religioso e pela garantia dos direitos dos povos tradicionais.
O multiartista e comunicador Maxwell Lobato, que apresentará o evento, destaca o caráter transformador da marcha: “Estamos enfrentando o fascismo e o racismo com tecnologias ancestrais. A arte e a cultura espalham conhecimento e o conhecimento muda as pessoas, e as pessoas mudam o mundo.” Segundo ele, o ato será um marco na luta pela efetivação do Estado laico e pela valorização das expressões culturais afro-brasileiras.
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