Pai Antônio de Xangô e Mãe Nalva de Yemanjá Crédito: Fotocolagem de Kadú Xukuru
Por Ficcionalizar, coletivo de produção audiovisual selecionado no Edital Território Vivo.
Yapoatan subverte o abafamento das memórias culturais afroindígenas, radicadas em Jaboatão dos Guararapes, dando voz a quem vive e preserva o Candomblé e a Jurema no município. O coletivo Ficcionalizar chegou junto de três (Re)existências locais: Mãe Nalva de Yemanjá, Pai Antônio de Xangô e, o mais novo, Kadú Xukuru. Jardim Jordão, Cajueiro Seco e Jordão Baixo, respectivamente.
Pai Antônio de Xangô, babalorixá e juremeiro nascido na ilha do Araxá – Belém de São Francisco-PE. Morador de Cajueiro Seco há 22 anos, é a quarta geração de uma família de Juremeiros. Participa do conselho municipal de políticas de promoção da igualdade racial no município de Recife (CMPPIR). Alega a dificuldade em trabalhar políticas públicas para a manutenção da cultura afroindígena no município de Jaboatão dos Guararapes, devido aos vetos da atual gestão.
Mãe Nalva de Yemanjá, filha de uma família católica, recebeu o chamamento do santo aos 10 anos de idade, ao ficar doente e os médicos não descobrirem a doença; até que um rezador descobre o fundamento e a salva da morte cortando para Exú. Resistência viva, mãe Nalva se dedica a atender o povo e buscar a cura, através da fé, do segredo e das folhas.
Kadu Xukuru neto de Ararobá-PE mora no bairro do Jordão Baixo, tambémse denomina artista decolonial, a partir de uma perspectiva que retrata o indígena vivendo em contexto de favela; através de suas fotocolagens. Yapoatan contou com a soma de Kadu dando vida ao indígena favelado do nosso doccfição.