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Crédito: Reprodução/YouTube DP
Há 42 dias sem receber nenhuma remuneração, jornalistas do Diário de Pernambuco promovem uma paralisação de protesto nesta quinta-feira. Os profissionais, que recebem por quinzena, ainda não tiveram seus salários pagos no ano de 2022 e pressionam a empresa por uma resposta.Segundo o Sindicato de Jornalistas de Pernambuco (Sinjope), o Diário deve quase nove meses de salário aos trabalhadores contratados em regime de CLT e cinco meses aos contratados como prestadores de serviço. Já os estagiários estão sem receber há dois meses.
“Com a chegada da pandemia, uma crise que já existia foi agravada. Essa crise diz respeito tanto ao modelo de negócio quanto ao gerenciamento, que mudou mais de quatro vezes em seis anos. Agora, outro fator que tem piorado a situação é o bloqueio das contas da empresa devido aos processos trabalhistas que correm na Justiça”, afirmou Jailson da Paz, secretário do Sinjope e repórter de veículo.
De acordo com o jornalista, os atrasos de salários no jornal são recorrentes desde 2017, mas a situação tem piorado ano após ano. “Antes dos bloqueios da Justiça do Trabalho a empresa não deixava de pagar, pagavam aos poucos, de forma parcelada, mas pagavam. Este ano ainda não foi pago nada”, disse.
Na terça-feira, 8 de fevereiro, o Sinjope convocou uma assembleia com os jornalistas do Diário de Pernambuco. Na ocasião, foi definido que os profissionais realizariam uma paralisação de protesto, com duração de 24 horas, a fim de expôr a situação e cobrar a empresa. A ação tem início às 12h desta quarta-feira e segue até às 12h da quinta-feira, 10 de fevereiro.
Apesar da paralisação ter início às 12h, o protesto dos profissionais começou mais cedo, por volta das 9h10. Aproveitando a visibilidade gerada pela entrevista concedida pelo ex-presidente Lula ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube, emissora que faz parte do mesmo grupo empresarial, funcionários do Diário de Pernambuco começaram a encher as redes sociais com postagens sobre o atraso de salários.
Esta reportagem foi produzida com apoio doReport for the World, uma iniciativa doThe GroundTruth Project.
Jornalista e mestra em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco.