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Crédito: Arnaldo Sete/MZ Conteúdo
Desta vez, a manifestação de palestinos e simpatizantes da causa Palestina pelo cessar fogo na Faixa de Gaza aconteceu no centro do Recife, junto à Câmara Municipal, com a participação de centenas de pessoas, incluindo integrantes da comunidade em Pernambuco, representantes de entidade de defesa dos Direitos Humanos e militantes de partidos de esquerda.
No minitrio elétrico cedido pelo Sindicato dos Rodoviários, lideranças políticas e representantes da colônia palestina se alternaram nos discursos, pedindo cessa fogo imediato.
Na calçada do Parque 13 de Maio, três mulheres com lenços na cabeça chamavam a atenção e logo entraram no foco da lente dos fotógrafos que cobriam o ato. Uma delas era Hosana Anjos, integrante da Aliança Palestina Recife, que, com semblante pesado, afirmou que “o ato de hoje teve uma adesão bem maior das pessoas, da esquerda do Recife. Estamos aqui para denunciar o genocídio contra o povo palestino. É um crime contra a humanidade”.
Um dos coordenadores da Aliança Palestina Recife, o jornalista e analista judiciário André Frej Hazineh explicou que a finalidade da manifestação era chamar a atenção do Recife “para a necessidade de cessar fogo. O que estamos vendo atormentados não é resposta ao Hamas, mas o massacre de uma população civil que já vive em condições sub-humanas”. Segundo ele, a comunidade de palestinos e seus descendentes em Pernambuco é de 5.000 pessoas, a maioria originária da cidade de Bethlehem (Belém). Quase a totalidade é de cristãos ortodoxos cujas famílias se converteram para o catolicismo no Brasil.
Hazineh, assim como o deputado estadual João Paulo (PT), defendeu a coexistência de dois estados, como estabelece a ONU, como solução para o conflito que se arrasta desde 1948. Outros oradores, mais inflamados e beirando o antissemitismo, pediram a expulsão dos judeus porque serem os palestinos os “povos originários” da região.
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