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Armando acerta ao falar sobre gastos com a folha de pagamento do estado

Mariama Correia / 28/09/2018

armando monteiro folha de pagamento truco 2018 marco zero pernambucoAs despesas da administração pública com os salários dos servidores foram alvo de críticas dos candidatos ao governo de Pernambuco durante o debate da TV Jornal, que foi ao ar na última terça-feira (25). Armando Monteiro (PTB) falou da relação entre os gastos com a folha dos servidores estaduais e os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).“Pernambuco já ultrapassou o limite prudencial e está próximo do limite legal (com a folha de pagamento dos servidores)”,disse o candidato.

A declaração considera informações do Relatório de Gestão FiscalExecução Orçamentária de Pernambuco de 2017, de acordo com a Assessoria de Imprensa do candidato.O Truco nos Estados, projeto de fact-checking da Agência Pública, feito em Pernambuco em parceria com a Marco Zero Conteúdo, checou a declaração. Os dados realmente conferem com a afirmação de Armando Monteiro, que recebe o selo “Verdadeiro” nesta checagem.

Publicado no dia 30 de janeiro de 2018, no Diário Oficial do Estado, o relatório fiscal traz um demonstrativo das despesas com pessoal no ano passado (confira no quadro abaixo).

ArmandoLRF

Como o quadro mostra, em 2017, as despesas totais com pessoal representaram 48,97% da receita estadual. O limite prudencial estabelecido pela LRF é de 46,55%. Ou seja, no ano passado Pernambuco ficou bem acima do limite prudencial. Quando o governo extrapola esse limite, fica sujeito a algumas sanções, entre elas são vetadas criações de novos cargos, concessão de aumentos salariais, entre outros.

Se extrapolar o limite máximo, de 49%, fica também proibido de contratar novas operações de crédito. De acordo com o relatório, Pernambuco estava apenas 0,03 pontos percentuais do limite máximo, que é o limite legal citado pelo candidato.

Como o quadro mostra, em 2017, as despesas totais com pessoal representaram 48,97% da receita estadual. O limite prudencial estabelecido pela LRF é de 46,55%. Ou seja, no ano passado Pernambuco ficou bem acima do limite prudencial. Quando o governo extrapola esse limite, fica sujeito a algumas sanções, entre elas são vetadas criações de novos cargos, concessão de aumentos salariais, entre outros.

Se extrapolar o limite máximo, de 49%, fica também proibido de contratar novas operações de crédito. De acordo com o relatório, Pernambuco estava apenas 0,03 pontos percentuais do limite máximo, que é o limite legal citado pelo candidato.

AUTOR
Foto Mariama Correia
Mariama Correia

Jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi repórter de Economia do jornal Folha de Pernambuco e assinou matérias no The Intercept Brasil, na Agência Pública, em publicações da Editora Abril e em outros veículos. Contribuiu com o projeto de Fact-Checking "Truco nos Estados" durante as eleições de 2018. É pesquisadora Nordeste do Atlas da Notícia, uma iniciativa de mapeamento do jornalismo no Brasil. Tem curso de Jornalismo de Dados pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e de Mídias Digitais, na Kings (UK).