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Crédito: Divulgação/Cendhec
No Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, o Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec) está na comunidade do Bode, no Pina, distribuindo kits de higiene, fones de ouvido, kits pedagógicos e cestas básicas para famílias de adolescentes que estão expostos ao risco de abuso e exploração sexual. Além disso, a entidade está promovendo oficinas sobre o tema para 15 meninos e meninas. Os encontros estã sendo mediados por assistentes sociais, pedagogas e psicólogas do Cendhec. Cada um desses jovens receberá, ao final do encontro, fones de ouvido para ajudar nas aulas online.
Os kits de higiene e as cestas básicas que estão sendo entregues hoje são destinados às famílias cadastradas por três entidades do bairro: o Programa Criança Urgente, Coletivo Cabras e pelo Maracatu Encanto Nação. Na terça-feira, 21, já havia sido a vez das famílias indicadas pela Instituto de Assistência Social Dom Campelo. No dia seguinte, foi o grupo de famílias cadastradas pelo Centro de Referência da Assistência Social Primeira Infância.
Os kits de higiene são compostos por shampoo, condicionador, álcool gel e absorventes, para garantir a dignidade menstrual de meninas e jovens mulheres. Já os kits pedagógicos têm lápis, borracha, pastas e cadernos. A ação conta com apoio financeiro das organizações internacionais Freedom Fund e Kindernothilfe.
De acordo com os técnicos do Cendhec, a ação se propõe a minimizar os impactos pela pandemia, pois “desde março de 2020, muitas das famílias perderam os empregos, alguns homens e mulheres responsáveis por gerir suas casas morreram, e a situação de pobreza alastrou, fatores que contribuem para o aumento do tráfico de pessoas e situações de exploração sexual”.
O Bode
A comunidade que recebe a iniciativa está localizada na zona sul do Recife e faz parte do bairro do Pina. Vizinha do metro quadrado mais caro da capital, Boa Viagem, estima-se que 97% da população do local é muito pobre e há 600 pessoas vivendo em palafitas, cobertas por lona e lata. De acordo com pesquisa da UFPE e do coletivo Pão e Tinta, 87% destas moradias não têm sequer água encanada e saneamento básico.
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