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Crédito: MTST/Divulgação
Pelo menos 200 famílias ligadas ao Movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizou uma nova ocupação, no bairro de Setúbal, na zona sul do Recife. O terreno ocupado no cruzamento das avenidas Barão de Souza Leão e Desembargador José Neves pertence a uma empresa que acumulou, segundo o Movimento, mais de R$ 500 mil em dívidas de IPTU e outros impostos ao município e à União e está com o patrimônio ameaçado de penhora pela Justiça.
O MTST reivindica que o imóvel seja desapropriado para fins sociais pela prefeitura do Recife ou pelo Governo do Estado. O nome escolhido para a nova ocupação – “8 de Março” – referência óbvia ao Dia Internacional da Mulher faz menção à “luta das mulheres, principalmente as mulheres negras, grupo social mais atingido e vulnerabilizado durante a pandemia de Covid-19, no Brasil”, conforme explicação dos articuladores da movimento.
“A pandemia escancarou e aprofundou as desigualdades da sociedade colocando milhares de trabalhadores e trabalhadoras em situação de maior vulnerabilidade. A Ocupação 8 de março existe a partir dessa realidade: para denunciar e cobrar do Estado brasileiro soluções para a população sem teto. E ela carrega esse nome para demarcar as pessoas mais afetadas pela crise – as mulheres”, explicou Vitória Genuíno, da coordenação nacional do MTST.
A partir de agora, o MTST pretende mobilizar a militância de partidos de esquerda, instituições parceiras na sociedade civil e diversos atores e atrizes sociais para garantir a manutenção da ocupação com doações de alimentos, materiais de higiene e recursos financeiros, algo que vem fazendo em relação a outras ocupações desde o início da pandemia.
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Jornalista e escritor. É o diretor de Conteúdo da MZ.