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A caatinga é um bioma único que só existe no Brasil – e quase todo no Nordeste. Quem o associa a um local sem vida é porque não conhece a potência dessa floresta. Ou a conhece apenas na sua forma agredida pelo homem: estima-se que pode haver de 9 milhões de hectares (pouco mais de 18% do total) a 26,7 milhões de hectares (quase 54%) de vegetação degradada na caatinga, segundo dados do Mapbiomas divulgados no começo deste mês.
Por isso, quem chega na Reserva Natural Serra das Almas se depara com um oásis: uma caatinga preservada em quase 6,3 mil hectares entre Buriti dos Montes, no Piauí, e Crateús, no Ceará. Nos meses de seca, o significado do nome tupi da caatinga se mostra: a mata branca, com árvores e arbustos secos ou quase sem folhas. Nas primeiras chuvas, toda a área já começa a ficar com vários tons de verde.
A Marco Zero visitou a Serra das Almas em maio quando tudo ainda estava exuberantemente verde. É uma visita que ensina não só sobre a resiliência da natureza, mas também dos seres humanos. E como é possível mudar maus hábitos, mesmo aqueles passados de geração para geração.
A videorreportagem sobre a Reserva Natural da Serra das Almas é mais um conteúdo exclusivo do especial A reinvenção do Nordeste:
Jornalista pela UFPE. Fez carreira no Diario de Pernambuco, onde foi de estagiária a editora do site, com passagem pelo caderno de cultura. Contribuiu para veículos como Correio Braziliense, O Globo e Revista Continente. Contato: carolsantos@marcozero.org