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A universidade de Pernambuco (UPE) e o Complexo Industrial Portuário de Suape assinaram na última quinta-feira, 26 de setembro, um contrato para a realocação e preservação cultural dos remanescentes do Quilombo Ilha de Mercês. De acordo com o comunicado conjunto das duas instituições, a intermediação do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (IAUPE), deverá garantir a participação ativa da comunidade do planejamento até a implementação do processo que recebeu o nome de “Raízes em Movimento: projeto de realocação e preservação cultural dos remanescentes do Quilombo Ilha de Mercês”.
O objetivo principal da iniciativa é permitir que a realocação seja realizada de maneira respeitosa, inclusiva, sustentável, promovendo o bem-estar e a continuidade cultural do Quilombo Ilha de Mercês.
A Ilha de Mercês, no município de Ipojuca, foi desapropriada pelo Governo de Pernambuco em 1992 para a empresa pública Suape, que a definiu como zona industrial. Em 2016, o Quilombo Ilha de Mercês foi certificado pela Fundação Palmares e está em processo de titulação pelo Incra desde 2017. A comunidade quilombola tem raízes nos latifúndios de açúcar da região.
O projeto foi dividido em cinco fases, com duração total de dois anos, são elas: preparação e diagnóstico inicial; análise do contexto socioeconômico, ambiental, antropológico, histórico e cultural; planejamento estratégico e negociações de indenização e realocação; implementação e monitoramento; e a publicação de um livro memorial sobre o Quilombo Ilha de Mercês. A iniciativa prevê ainda a organização de eventos e exposições para celebrar a história, a cultura e as contribuições da comunidade quilombola.
“A execução do projeto Raízes em Movimento é fundamental para o Estado de Pernambuco, especialmente, para reforçar a relação da universidade com a comunidade a qual estará inserido. Os objetivos envolvem estudantes, docentes e servidores da UPE, com a interveniência do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco”, destacou o professor Pedro Falcão, diretor do IAUPE.
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