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Vazamento de óleo da Refinaria Abreu e Lima atinge mangue em Suape

Marco Zero Conteúdo / 27/08/2019

Crédito: Sindicatodos Petroleiros

Um vazamento de resíduo de petróleo da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) atingiu uma área de mangue, em Suape, na manhã desta terça-feira (27). O Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB), que está no local, alerta que o óleo está se espalhando e pode chegar ao mar. Equipes de contenção estão trabalhando com caminhões na área atingida, que fica entre a Rnest e a Petroquímica. A pista pedagiada  (PE-009) foi interditada.

As causas do vazamento, o volume e a extensão dos danos ainda não foram informados pela Petrobras. Ao que tudo indica, o problema aconteceu na área de processamento de resíduos, segundo o sindicato. Pelo volume de óleo que encontrou na região, Rogério Almeida, presidente do Sindipetro PE/PB, analisa que o material começou a vazar há alguns dias. Ele acredita que, por conta da redução do quadro de funcionários, o problema demorou a ser detectado. “Recebemos uma denúncia hoje (27). Em momento algum a Petrobras nos acionou”, reclamou.

Crédito: Sindicatodos Petroleiros

Crédito: Sindicatodos Petroleiros

Em razão das ações de desinvestimento da Petrobras, o efetivo operacional da refinaria foi enxugado em pelo menos 20%, passando de 220 para 160 funcionários. Há apenas um operador na área de processamento de resíduos, antes eram dois. A falta de manutenção e os problemas de segurança na planta de refino são denunciados pelos trabalhadores há anos. No final do ano passado, um incêndio atingiu a Unidade de Coqueamento Retardado da Rnest. Na época, a Petrobras negou qualquer correlação entre o acidente e o desmonte da refinaria, equipamento que a petrolífera pretende privatizar.

Atualmente, 1.200 pessoas trabalham na Abreu e Lima, entre empregados diretos e indiretos. Mais de 40 mil pessoas trabalhavam no empreendimento durante o pico das obras, em 2013. A massiva desmobilização da mão de obra da Rnest e de outros empreendimentos de peso na região de Suape, a partir de 2014, foi provocada pelas ações da Operação Lava Jato sobre a Petrobras. Até hoje a região tenta se recuperar dos danos sociais e ambientais deixados pelos empreendimentos milionários, que ruíram rapidamente a partir da crise dos negócios ligados à petrolífera.

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A reportagem entrou em contato com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e com a Petrobras, mas ainda não recebeu respostas.

 

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