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Foto: Leo Caldas/divulgação
Candidato do PTB comandou a pasta da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre janeiro de 2015 e maio de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff
Raíssa Ebrahim e Helena Dias
“O maior desemprego […] que o Brasil teve foi quando você foi ministro (Armando)” – Paulo Câmara (PSB), em debate da Globo, dia 2 de outubro
Durante o debate da TV Globo, o governador Paulo Câmara (PSB) atacou o principal adversário, Armando Monteiro (PTB), acusando-o de “ministro do desemprego”. O Truco nos Estados – projeto de checagem de fatos da Agência Pública, feito em Pernambuco em parceria com a Marco Zero Conteúdo – checou a frase do candidato e atribuiu o selo “Falso”.
A fonte da informação foi solicitada à assessoria de imprensa, que afirmou não se posicionar sobre o Truco desde o início da campanha eleitoral. Então, ao buscar os dados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chegamos à conclusão de que a afirmação é falsa.
A taxa de desocupação, com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), cresceu quando o senador Armando estava à frente do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre janeiro de 2015 e maio de 2016. Mas não foram as maiores taxas do Brasil. Em períodos seguintes, a desocupação aumentou. No primeiro ano de Armando no ministério, a taxa de fechou em 8%, subindo para 11% no ano seguinte, quando ele deixou a pasta. Em 2017, porém, o índice chegou aos 12%.
Tanto a série anual quanto a série mensal mostram isso. A série histórica da Pnad é de 2012 em diante, pois foi quando a pesquisa começou.
Confira o gráfico (em laranja, os anos que compreendem a época em que Armando era ministro do governo Dilma):
Vencedora do Prêmio Cristina Tavares com a cobertura do vazamento do petróleo, é jornalista profissional há 12 anos, com foco nos temas de economia, direitos humanos e questões socioambientais. Formada pela UFPE, foi trainee no Estadão, repórter no Jornal do Commercio e editora do PorAqui (startup de jornalismo hiperlocal do Porto Digital). Também foi fellowship da Thomson Reuters Foundation e bolsista do Instituto ClimaInfo. Já colaborou com Agência Pública, Le Monde Diplomatique Brasil, Gênero e Número e Trovão Mídia (podcast). Vamos conversar? raissa.ebrahim@gmail.com