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Família do menino Samuel processa a Hapvida, que diz também querer saber a causa da morte

Giovanna Carneiro / 22/12/2021

Crédito: Elane Rodrigues/acervo pessoal

Na tarde desta quarta-feira, parentes do menino Samuel e representantes de movimentos antirracista se reuniram em frente à unidade da Hapvida em Olinda para protestar contra a morte da criança de um ano e oito meses. O ato foi marcado por falas que apontavam a responsabilidade do plano de saúde pelo ocorrido e lentidão no resultado do laudo que deve apontar a causa do óbito, que até agora, um mês após a morte, está indeterminada. 

“Já faz um mês da morte do meu filho, mas só agora, depois que a gente veio à público falar e se manifestar é que eles [representantes da Hapvida] nos procuraram”, declarou Jefferson Rodrigues, pai de Samuel, durante a manifestação.

A família também decidiu entrar com uma ação cível contra a empresa Hapvida. O processo, que corre em sigilo por envolver um menor impúbere (com menos de 16 anos), solicita a reparação por danos morais e extrapatrimoniais, além da associação de causalidade entre o ato dos médicos e enfermeiros e o agravamento do quadro de saúde da criança, que resultou em morte. 

“No presente caso está perfeitamente comprovado falhas no atendimento de saúde, decorrente de suposta negligência médica e de enfermagem, que ocasionou o ato danoso que vitimou o menino Samuel”, afirmou Elane Rodrigues, advogada responsável pelo caso.

Em nota, a Hapvida afirmou que se solidariza com a família da criança e que também possui interesse em saber a causa da morte. Confira a nota na íntegra:

“Cada vida importa, e o respeito e igualdade são premissas fundamentais presentes no nosso dia a dia. Nos solidarizamos com a família. Entender a causa de toda essa situação também é de nosso interesse, por isso, encaminhamos a análise para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

Possuímos diversas ações em relação à diversidade e igualdade, com treinamentos, orientações e cartilhas para seus colaboradores, trazendo os principais temas e necessidades para ajustarmos o que for necessário, sempre em cumprimento às regras e políticas dos direitos humanos, não só por obrigação legal, mas por acreditar que as diferenças e semelhanças nos tornam únicos”.

Esta reportagem foi produzida com apoio do Report for the World, uma iniciativa do The GroundTruth Project.

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AUTOR
Foto Giovanna Carneiro
Giovanna Carneiro

Jornalista e mestra em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco.