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As últimas horas da loja de CDs que não vende discos de música estrangeira nem sertanejos

Passa Disco fecha as portas neste sábado, dia 28 de setembro, depois de 21 anos de atividades

Marco Zero Conteúdo / 27/09/2024
A imagem mostra o interior de uma pequena loja bem iluminada, com vários itens em exposição. Há prateleiras e vitrines de vidro cheias de colecionáveis e memorabilia. Várias fotos ou pôsteres emoldurados adornam as paredes, e há um balcão onde uma pessoa pode pagar pelas compras. A loja tem uma atmosfera aconchegante, com alguns móveis de aparência vintage, como mesas e cadeiras, no primeiro plano. Acima da entrada, há uma placa circular com um emblema que inclui uma cabeça de boi feita de papel marchê no centro, cercada por texto, embora o texto não esteja claro o suficiente para ser lido devido ao tamanho e à distância da câmera.

Crédito: Inês Campelo/Marco Zero

por Yuri Euzébio

Foi de surpresa, sem fazer alarde ou qualquer aviso prévio, que no último dia 10 a loja Passa Disco, símbolo da resistência na venda de CDs e LPs do Recife, comunicou o encerramento de suas atividades através de sua página oficial no Instagram. A loja, que funciona atualmente no bairro do Espinheiro, promoverá um evento de despedida neste último sábado do mês (28) com a feira do vinil, bora bora e lançamento de livro.

‘Tudo finda porque tudo tem começo!’. E a Passa Disco está chegando ao fim… Isso mesmo, depois de mais de 20 anos, a loja vai fechar, com a certeza de missão cumprida e meu coração já explodindo de saudade antecipada…”, diz o comunicado de Fábio Cabral de Mello nas redes sociais.

Mais que uma loja, a Passa Disco funcionou como um pulsante centro cultural efervescente que alimentava a cena musical de Pernambuco. Desde novembro de 2003, sua inauguração, a loja foi palco dos mais diversos lançamentos de CDs, DVDs, livros de artistas locais, além de tardes de autógrafos e feira de vinis, que pavimentaram a identidade do espaço como casa da música de Pernambuco durante os 21 anos de loja, 15 no Shopping Sítio da Trindade e mais seis no Espinheiro.

“A forma de ouvir música mudou. Eu achava que era o seguinte: tinham as plataformas, mas tinha a forma física também. Eu tinha a certeza de que havia o comprador, isso foi desde o início porque nunca foi fácil, só que de uns dois anos pra cá o disco físico praticamente acabou”, desabafou Fábio.

O lojista exemplifica essa condição ao relembrar que já houve ano em que foram lançados 220 discos de artistas pernambucanos e em 2024, até esse mês de setembro, só houve dois lançamentos. “Desses dois um eu vendo aqui, que é o de Dalva Torres, e o outro é o de Júlio Ferraz que optou em não vender em lojas, tá vendendo em shows e com amigos deles”, explicou.

“A mídia física sempre teve como público principal os jovens, desde os Beatles as músicas que vendiam mais eram para essa faixa etária e hoje em dia os jovens não consomem mais mídia física, eles estão todos no streaming”, afirmou o lojista.

Fábio é um sujeito simpático, boa praça e acima de tudo um aficionado por música brasileira. Quem já frequentou a loja, certamente já deve ter passado bons momentos conversando sobre música com o lojista, que de maneira simples e sem afetação coloca todo seu conhecimento musical, quase enciclopédico, a serviço de quem esteja interessado. Fábio construiu amizades no cotidiano da loja e sempre procurava realizar eventos para movimentar o espaço.

expsotos na vitrine da loja e à esquerda da imagem há banners colorindo representando figuras de santos católicos do período junino.

Lia de Itamaracá e outros nomes da música pernambucana frequentavam a loja

Crédito: Acervo Passa Disco

Apesar do anúncio ter sido uma surpresa, o dono da loja já vinha há alguns meses amadurecendo a ideia. “Eu venho pensando há uns seis meses já, mas não dizia pra ninguém nem pra minha família porque eu não queria que ninguém me convencesse, eu precisava fazer isso sozinho. Eu já passei dos 60, sou dono da minha vida e todo dia vinha alguém me dar conselhos aqui sobre o que eu devia fazer com a loja”, brincou Fábio.

Entre os conselhos que cansou de receber ao longo de duas décadas no comércio, o mais recorrente era a recomendação para vender discos de medalhões e mega estrelas do rock, pop, sertanejo ou música baiana. Nada disso chegava às gôndolas da Passa Disco, que jamais vendeu um reles CD cantado em inglês, por exemplo.

Obituário de uma era

No jornalismo dito tradicional, sempre que alguém notável parte dessa para uma melhor, há um registro necrológico veiculado. O obituário é um formato jornalístico que registra a morte de uma pessoa, famosa ou conhecida em sua área de atuação, com informações sobre a vida do falecido. Este obituário específico se propõe a celebrar o legado e a importância de um espaço fundamental para a música pernambucana, reconhecido por artistas de diferentes gerações e gêneros.

Juliano Holanda, cantor e compositor, é um dessas dezenas de músicos que teve sua trajetória profissional ligada à loja. Um dos mais profícuos músicos da atual cena pernambucana, Juliano fazia parte da banda Coqueiro Novo, que tocou na inauguração da loja e destaca o bem que o espaço fez para a cultura pernambucana. “Quando Fábio abriu a Passa Disco algo de muito essencial se fundou no cenário cultural de Pernambuco. Era uma peça que faltava naquele período e foi no momento exato.”, afirmou.

“Aquelas paredes riscadas foram a perfeita materialização de um sentimento de pertencimento. Digo, sem medo de errar, que a música promovida nos últimos vinte anos não seria a mesma sem a presença da Passa Disco. Estávamos todos, cada qual a sua maneira, construindo uma grande casa, porém foi Fábio quem cuidou da janela ”, completou.

Quem também estava com Juliano Holanda na Coqueiro Novo tocando no dia da abertura da loja, foi a cantora e percussionista Alessandra Leão que guarda outras lembranças no espaço. “Toquei na abertura da loja com Juliano Holanda, Tiné e Rudá Rocha. Além disso, lembro da minha irmã Manoela Leão, fazendo a logomarca, desenhando, redesenhando, até chegar nessa imagem que ficou cravada na nossa memória”, conta.

“E assim a Passa Disco entrou não apenas na minha vida, mas na vida da cidade, como espaço de encontros. Foi lá que conheci Alaíde Costa, quando lancei meu primeiro disco solo. Foi lá que ouvi um tanto de música nova e que encontrei muita gente massa. Nunca foi apenas uma loja, foi um espaço que nos lembrava sempre de dar uma passadinha para respirar e ouvir a cidade de outro jeito”, completou a cantora.

Para o poeta, cantor e jornalista Marco Polo, a Passa Disco ultrapassou as barreiras de uma simples loja. “Sou até hoje um adepto do disco físico, seja CD ou vinil, e frequento a Passa Disco desde quando funcionava no Sítio da Trindade. É mais que uma loja, é um templo do disco físico e também um ponto de encontro com gente interessante a partir do dono, também um grande amigo. Participei de vários eventos lá, um deles o lançamento do meu livro Ave Sangria e Outras Batalhas, contou o vocalista da Ave Sangria.

Já Isaar, destaca que a loja era a referência de música pernambucana e criava uma relação de identificação com os artistas locais. “A Passa Disco foi por muitos anos um ponto especial para a difusão e fruição da música pernambucana. Era lá que a gente indicava para achar nossas músicas. Mas, não era só isso, era um ponto de encontros”, detalhou a cantora, que também é coordenadora da Linguagem de Música da Secretaria de Cultura de Pernambuco. “E a gente se identificava porque a loja era tão independente quanto nós e ainda tinha a parceria de Fábio em muitas empreitadas”.

Com exceção do seu primeiro disco Fome Dá Dor de Cabeça (1998) com a banda Cascabulho, todos os discos de Silvério Pessoa passaram pela Passa Disco e ele resume bem a importância da loja para a cena musical da cidade. “De uma forma mais ampla, a importância da Passa Disco pros músicos foi exatamente suprir a demanda e a necessidade de casas intermediárias que oferecessem espaço não só para lançamentos de discos, showcases, autógrafos e venda de produtos”, explicou.

Homens e muheres com roupas multicoloridas posando para a foto à noite em um ambiente externo decorado no alto nom bandeirinhas coloridas triangulares usadas em festas juninas. O grupo está pisando em uma espécie de tapete quadriculado em preto e branco, tendo ao fundo uma estrutura colorida de luz neon.

Passa Disco promoveu dezenas de eventos com músicos regionais

Crédito: Acervo Passa Disco

“Fábio Passadisco inaugurou um estilo próprio de ser loja e manteve uma estética de atrair o público consumidor que via na loja um centro de cultura, pois havia toda uma circulação artística no espaço, seja com eventos, pessoas ou mesmo cartazes. Foi um espaço que fez parte do calendário cultural de Pernambuco, atraindo artistas e pessoas do Brasil todo”, completou Silvério. Para o músico, o fechamento da loja é consequência de uma mudança da indústria cultural.

Maciel Salú vai além e enxerga na figura de Fábio um patrono da música pernambucana. “Fábio é um colaborador e um defensor da nossa música, não só da cena de Pernambuco, mas de todo o Brasil e da cultura popular. Ele sempre contribuiu muito, foi um parceiro da nossa música com lançamentos e eventos, além das coletâneas”, contou o músico. “Além disso, Fábio tem essa preocupação de contar a história do artista, do álbum, conversar sobre música com os clientes. Eu acho que a Passa Disco é um meio de comunicação que levava informação sobre a cena pra quem tava interessado em música”.

Para Sofia Freire o simples fato de ir a Passa Disco já fazia uma diferença no ato de consumir música. “Acho que ir à uma loja de disco é um pequeno ritual. Debulhar os discos pra descobrir um som novo. Depositar confiança no tato do lojista, pra quem você pede sugestões, pergunta o que há de novo. Fábio sempre pegava o disco que você estava paquerando e tocava um trechinho na hora; quando você via, estava trocando uma ideia, ouvindo várias coisas, nunca era só uma passadinha.”, descreveu.

Mesmo antes de atuar profissionalmente, a cantora já era frequentadora assídua do espaço. “Eu sempre morei perto de onde ficava a loja, por trás do Sítio da Trindade, e a frequentava desde antes de seguir carreira na música, quando havia só o desejo de assinar aquela parede e vender um disco lá, e lembro da sensação de realização quando isso aconteceu de fato, como se tivesse recebido o selo de artista, agora sim, uma validação”, relembrou.

Como a loja surgiu

O proprietário Fábio Cabral tem sua história umbilicalmente ligada a retomada da produção musical pernambucana. O lojista nasceu no dia 21 de fevereiro de 1963, em Palmares, Zona da Mata Sul de Pernambuco, e é o quinto dos seis filhos do casal Fernando e Maria da Graça, a Gracinha.

Agrônomo de formação e amante de música por natureza, logo após se formar nos anos 1980 Fábio trabalhou com seu irmão caçula Felipe Cabral – produtor e o nome à frente do festival de música Guaiamum Treloso. O primeiro trabalho foi como bilheteiro da peça teatral É uma brasa, mora? que reunia o irmão com o ator Aramis Trindade.

Após isso, quando o empreendedor começava a trabalhar com jardinagem, Felipe mais uma vez o convidou para trabalharem juntos. No terreno ao lado da sementeira onde Fábio trabalhava, o caçula inaugurou o bar Guaiamum Treloso – que, inicialmente, se chamava Casa do Guaiamum. O lugar atraiu a presença de alguns artistas. Chico Science, Geraldo Azevedo e Lenine visitaram o espaço. Dois anos depois, Felipe sugeriu a Fábio sociedade num novo bar que ele abriria: a cachaçaria Rei do Cangaço.

Este ficava próximo ao estúdio de gravação de Zé da Flauta, em Casa Forte, e acabou se tornando um reduto dos músicos, inclusive aqueles que viriam a ser alguns dos grandes nomes da música pernambucana, como Chico Science, Lenine, Lula Queiroga e Silvério Pessoa.

Foi justamente em um lançamento de CD desse último, que a ideia de possuir uma loja que abrangesse toda aquela gama de produção musical pernambucana surgiu a partir de uma conversa com Michelle de Assumpção, então repórter de cultura do Diário de Pernambuco. Os dois falavam sobre o momento de efervescência que a música pernambucana vivia naquele período.“Eu sempre gostei de música, desde moleque, e eu comecei a colecionar vinis e fita cassete, aí com o passar do tempo eu sempre tive essa vontade de ter uma loja, mas era muito difícil no passado ter uma loja de CDs.” conta ele.

Inicialmente o nome da loja seria Cantoria, mas ainda quando trabalhava com jardinagem e tinha a Luni Produções como cliente, Fábio sempre conversava com o cantor e publicitário Lula Queiroga, que sugeriu o nomePassaDisco.

Música de pai pra filhos

Fábio é casado há 34 anos com a psicóloga Maria Auxiliadora (Cila), os dois são pais de Marina, que é gastrônoma, e Jáder, músico e cantor. Ambos cresceram visitando a Passa Disco e habitando o universo musical do pai tanto na loja, quanto em casa.

O fato de crescer rodeado por música, influenciou diretamente na escolha da carreira de Jáder. “A relação com a música sempre foi muito forte lá em casa, meu pai sempre apresentou muitos artistas pra gente desde cedo. Nós ouvíamos muito Lenine, Otto, Jackson do Pandeiro desde criança e brincadeiras como música, enfim, música sempre foi um tema central da nossa educação”, lembrou o cantor.

Jáder é um artista e performer recifense, não binário e ativista dos direitos LGBTQIAP+ que produz um forró pop sedimentado com outros elementos regionais e recorda o impacto que o dia da inauguração da Passa Disco teve em sua vida. “Eu me lembro muito quando eu tava na terceira série do colégio e um dia tive que sair correndo da aula pra gente ir se arrumar pro lançamento da loja e eu achei tudo aquilo muito mágico, místico até”, conta.

“Com o tempo, eu fui crescendo, virando adolescente e adulto, frequentando a loja e essa referência musical continuou muito forte. Meus pais me deram um violão, eu acho que tava na oitava série, e foi muito automático fazer música nos parâmetros que ele me mostrou”, continuou.

Jáder recorda que quando começou a aprender a tocar violão, naturalmente já passou a compor e já formou a primeira banda. “Quando ainda tínhamos poucas músicas, meu pai me disse ‘Não, vamos fazer um cd!’ e prensou mil cópias, com isso já conseguimos acessar festivais e fazer shows. Nos fez enxergar isso de forma muito profissional e foi muito impulsionador pra mim”, revela o músico.

Todos os projetos lançados pelo músico saíram em mídia física, influência direta (mas nunca forçada) do seu pai. Não foi diferente com Quem mandou me chamar??? (2022), seu mais recente lançamento e estreia na carreira solo. Um CD, com um belo encarte com as letras das músicas e ensaio de fotos.

Resistência e declínio

O crítico e pesquisador musical José Teles relembra o início da loja e compara com outro espaço marcante na memória da cidade. “Quando Fábio começou, eu acho que ele não imaginava nunca que ia dar naquilo. Porque já era difícil com a história do cd, mp3, música digital, mas ele marcou época porque o pessoal estava carente de um lugar feito a Passa Disco aqui”, disse. As visitas o faziam lembrar da Allegro Cantante: “foi uma loja marcante daqui nos anos 1980 e quando você chegava lá todo o mundo que estava ali era gente que gostava de música ou que fazia música”.

Para o pesquisador, o fim da Passa Disco é o símbolo final do ocaso da indústria de discos em Recife, cidade que já teve a maior cadeia de lojas de música do Brasil. “O mundo mudou, a tecnologia mudou e o vinil se mantém ainda porque é caro e compensa. As gravadoras incentivam a fazer vinil pelo alto custo, a música digital já venceu porque tem um alcance muito maior e a adesão dos jovens”, afirmou. “Curioso é que Recife que já abrigou a Aky Discos, loja de João Florentino, que já foi a maior do Brasil”.

A Passadisco também se tornou um selo que fomentava a produção de disco. Algumas coletâneas foram lançadas pela iniciativa, sempre evidenciando os talentos e ritmos locais, como Pernambuco cantando para o mundo, Pernambuco forrozando para o mundo, Pernambuco frevando para o mundo e Arrisque (com cantores e músicos surgidos no período anos de atividade da loja). Também saíram pelo selo discos de artistas como Bruno Souto, Zé da Flauta, Maurício Cavalcanti, Zé Manoel e DJ Dolores.

No anúncio de despedida da loja, Fábio enumerou as inúmeras batalhas que travou no mercado fonográfico. “Enfrentei a pirataria, os compartilhamentos, os downloads, o MP3, o pen drive… e por muito tempo as plataformas digitais… Mas um dia, sem nem perceber, vi que fiquei pra trás e resolvi fechar a Passa Disco”, disse. “Nem vou esperar fevereiro chegar… pois já entrou setembro e com ele fecho esse ciclo. E fecho com a certeza que foram os melhores anos da minha vida. Vou programar um evento no último sábado do mês pra gente se encontrar, se abraçar… e dançar uma ciranda, um forró, um frevo, um coco, um maracatu”, concluiu.

Pós-Passa Disco

Neste mesmo texto, o lojista também diz que irá continuar a comercializar CDs e LPs na internet. “Vou ficar com a loja virtual porque preciso me ocupar, preciso de dinheiro e gosto também. Tenho meu estoque ainda e vai ser um dos filões principais dessa nova fase”, planeja Fábio que irá realizar as vendas por meio da página do Instagram @passadisco.

Além disso, após mais de duas décadas trabalhando de segunda a sábado, o inquieto e mobilizador agora pretende passar para o outro lado do balcão. “Vou começar a ir para os eventos dos outros, né? Vou ser frequentador agora, o novo irmão evento, ou melhor o ex-lojista evento”, disse aos risos em uma alusão aos irmãos Joel e Abrahão Datz, que ficaram conhecidos na cidade pelo apelido de Irmãos Evento por marcarem presença nas mais variadas festividades do Recife.

O Cabral de Mello da sua assinatura vem da mesma família do renomado poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto. Fábio é primo de segundo grau do autor de Morte e Vida Severina. Porém, apesar do sobrenome famoso, já faz um tempo que passou também a ser conhecido pelo nome da loja. Fábio Passadisco eterniza em seu nome o espaço que é uma extensão de sua vida.

foto mostra o interior de uma loja de discos vibrante e cheia de vida. Há várias prateleiras cheias de discos de vinil, e as paredes estão decoradas com quadros e pôsteres. Vários clientes estão explorando a loja: uma pessoa à esquerda está examinando discos em uma caixa, outra está no centro olhando para uma prateleira, e duas outras estão à direita, uma delas folheando álbuns em uma caixa enquanto a outra está ao lado. O chão é de azulejos brancos e há holofotes iluminando o espaço. A atmosfera sugere um lugar rico em história e cultura musical, provavelmente interessante para entusiastas da música.

Ùltimo dia de funcionamento da Passa Disco será no sábado, 28 de setembro

Crédito: Inês Campelo/Marco Zero
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Foto Marco Zero Conteúdo
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