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Casos de covid-19 voltam a aumentar depois do carnaval

Marco Zero Conteúdo / 10/03/2023
Imagem de duas mãos aplicando vacina em braço de uma pessoa não identificada, cuja manga da camisa de cor branca está levantada.

Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A notícia não é boa, mas, por conta das aglomerações no carnaval em todo o país, não chega ser surpreendente: o novo Boletim InfoGripe Fiocruz divulgado hoje, dia 10 de março, indica o aumento de casos de covid-19 pelo Brasil. Nas semanas anteriores, este crescimento estava restrito aos estados do Amazonas e São Paulo, mas, agora, os dados indicam que essa tendência é nacional, com números mais significativos no Ceará e Rio de Janeiro, além dos primeiros sinais de aumento no Mato Grosso do Sul e Pará.

O boletim inclui os dados de 26 de fevereiro a 4 de março, com base nos dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 6 de março.

Também há informações positivas no mais recente boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, os dados apontam para desaceleração do crescimento entre as crianças e adolescentes, pois o avanço da doença está acontecendo entre a população adulta. Ainda assim, a ocorrência de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) entre crianças e adolescentes não está necessariamente associada à covid, pois em alguns estados há um ligeiro crescimento de notificações por rinovírus, causa mais frequente do resfriado comum.

“O aumento de SRAG em crianças observado em estados de todas as regiões do país ainda não possui associação clara com algum vírus respiratório específico. Na Bahia, no Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Santa Catarina e, em menor escala, em São Paulo, existe o aumento nos casos positivos para rinovírus nas crianças até 11 anos”, informou Marcelo Gomes.

O boletim indica que, o Sars-CoV-2, o vírus da covid-19, foi responsável por quase metade (49,7%) dos testes com resultado positivo entre pacientes com sintomas respiratórios nas últimas quatro semanas epidemiológicas, além de 2,8% para influenza A; 3% para influenza B; e 26,8% para vírus sincicial respiratório (VSR). A covid também foi responsável por 91,4% dos óbitos de pacientes do SRAG.

Aumento em 18 estados

Dezoito estados apresentam crescimento de SRAG nas últimas seis semanas, mas Pernambuco não aparece nessa lista, composta por Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

O boletim informa que “no Amazonas, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo, observa-se crescimento em praticamente todas as faixas etárias analisadas. No Amazonas, os dados laboratoriais apontam associação principalmente ao aumento de casos de covid-19, porém aliado ao crescimento simultâneo de casos de gripe por influenza A”. No Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo, há crescimento de covid-19 na população adulta, mas ainda não é possível identificar causa específica entre os casos em crianças e adolescentes.

No Pará e Mato Grosso do Sul, como mencionado antes, também se verifica indícios iniciais de aumento de covid na população a partir de 80 anos.

Vacinação ampliada

Pernambuco avança nova fase de imunização com vacinas bivalente e atualiza esquema vacinal para crianças imunocomprometidas

Desde quarta-feira (08), pessoas acima de 60 anos já podem tomar a vacina bivalente da Pfizer contra a covid-19. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) estima que quase 700 mil pessoas vão poder se imunizar nesta nova fase.

As vacinas bivalentes estavam até então apenas para maiores de 70 anos, imunocomprometidos e outros grupos. A procura, porém, tem sido pouca: apenas cerca de 20 mil doses foram aplicadas desde o início da campanha, há dez dias.

A SES-PE também atualizou o esquema em crianças imunocomprometidas de 5 a 11 anos de idade. A partir de agora, o esquema de proteção contra a covid-19 tem três doses e uma aplicação de reforço, quatro meses após a terceira dose.

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