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Com as portas do Conselho de Moradores de Brasília Teimosa trancadas, nova diretoria tomou posse na rua

Giovanna Carneiro / 11/05/2023
Foto noturna da fachada do prédio do Conselho de Moradores de Brasília Teimosa com uma mesa na calçada, coberta por uma toalha de mesa e um vaso de flores ao centro.

Crédito: Celeste Valença/comissão eleitoral CMBT

Na noite dessa quarta-feira, 10 de maio, moradores de Brasília Teimosa ocuparam a calçada da sede do Conselho de Moradores do bairro para empossar os integrantes da chapa 2, eleita no dia 30 de abril. A cerimônia de posse, que deveria ter ocorrido em uma das salas do prédio, em assembleia convocada pelo então presidente, Wilson Lapa, precisou acontecer na rua, já que o candidato derrotado contesta o resultado da votação.

Acompanhados de moradores, líderes comunitários e advogados que participam do processo judicial das eleições do conselho, Ewerton Silva Bezerra, o Bibi, e Clodoaldo José da Silva, o Aldinho, eleitos para compor a nova diretoria, foram empossados pela comissão eleitoral. Durante a posse, os novos líderes da entidade afirmaram o desejo de abrir as portas do órgão para a comunidade.

De acordo com a comissão eleitoral, Wilson Lapa trocou os cadeados da sede do conselho, não compareceu à cerimônia de posse, e se recusou a abrir o prédio para a realização da assembleia. Mesmo assim, a comissão eleitoral não desistiu de realizar a posse, que aconteceu na rua e em clima de festa, com moradores cantando e soltando fogos de artifício.

Nas redes sociais, Wilson Lapa se pronunciou e afirmou que a posse não deveria ter sido realizada.“Está tudo irregular, está tudo errado, não houve nenhuma notificação da juíza ou do juiz para que esse pessoal tomasse posse, ainda está se aguardando a definição justiça, quando essa definição acontecer, aí é outra história. Mas está tudo irregular, nada está legal no que fizeram”, disse o candidato da chapa 1 em um vídeo do Instagram.

No dia 5 de maio, Wilson Lapa entregou à comissão eleitoral uma petição judicial solicitando a anulação da eleição do conselho de moradores, afirmando que houve irregularidades no processo. A eleição, que precisou ser judicializada para acontecer, está sendo acompanhada pela 31ª Vara Cível da Justiça de Pernambuco, e todos os documentos referentes a votação e petições judiciais estão sendo anexadas ao processo.

Apesar da petição apresentada por Lapa, a comissão eleitoral afirmou que a juíza do caso autorizou seguir com o processo que determinava a realização da posse da chapa eleita no dia 10 de maio. Agora, a nova diretoria deve encaminhar os documentos e atas da assembleia de posse para a 31ª Vara Cível da Justiça de Pernambuco e aguardar o desfecho do processo. Caso Wilson Lapa não entregue as chaves da sede do conselho, a Justiça poderá intervir.

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AUTOR
Foto Giovanna Carneiro
Giovanna Carneiro

Jornalista e mestranda no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco.