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Depois de incêndio matar ativista, comunidade faz campanha para ajudar sobreviventes do Empório das Rosas

Géssica Amorim / 15/12/2021

O Empório das Rosas é uma iniciativa agroecologia familiar urbana, em plena cidade do Recife, que trabalhava com a fabricação de sabão feito com óleo de cozinha reciclado, fitocosméticos artesanais e refeições veganos a preços justos e acessíveis. Trabalhava, com o verbo no pretérito, porque na madrugada de 28 de novembro, um incêndio atingiu o apartamento da família que tocava o projeto, localizada no Conjunto Habitacional do Cordeiro, zona oeste da capital. Os vizinhos prestaram socorro e, apesar de feridos, todos os seis ocupantes do apartamento saíram com vida do local àquela noite.

No entanto, depois de dias internadas com ferimentos graves na ala vermelha do Hospital da Restauração, a ativista da agroecologia Míriam Elias da Cunha, 43, conhecida como Mirão, e uma de suas filhas, Alice Oliveira da Cunha, de 21 anos, morreram. Mirão chegou a passar uma semana internada, enquanto a filha faleceu na tarde de segunda-feira, 13 de dezembro, sendo sepultada no dia seguinte.

Agora, a comunidade do Cordeiro e várias organizações da sociedade civil lançaram uma mobilização para arrecadar fundos para o seu reestabelecimento do Empório e dos sobreviventes da família, Ademir de Souza, 57 anos, marido de Míriam, a filha que tem o mesmo nome da mãe, de 26 anos, e os filhos Allan e Ícaro, de 23 e 18 anos. Ícaro, segue hospitalizado.

A tragédia ainda destruiu os móveis e outros pertences da família. Nas redes sociais, foi criada uma rede solidária para ajudar os filhos e o marido de Mirão. No perfil do instagram do Empório das Rosas (@emporiodxsrosas) estão dispostas as informações com contatos e endereços dos pontos de arrecadação, para quem possa ajudar doando móveis, roupas, calçados, lençóis e materiais de limpeza e higiene pessoal. Também foram divulgados alguns dados bancários para quem possa contribuir com ajuda financeira.

Atualização: No dia seguinte à publicação desta matéria, Ademir de Souza, marido de Míriam, também faleceu no Hospital da Restauração em consequência das queimaduras e da inalação de fumaça durante o incêndio.