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Um secretariado sem paridade racial: o retrato da gestão do PSB no Recife

Raíssa Ebrahim / 07/01/2021
secretariado João Campos, Prefeitura do Recife

Prefeito João Campos (PSB) em primeira reunião com o novo secretariado do Recife (crédito: Rodolfo Loepert)

Em sua primeira reunião com o secretariado, no domingo (3), o novo prefeito do Recife, João Campos (PSB), destacou, assim como vem fazendo nas redes sociais e nos comunicados à imprensa, o ineditismo da paridade de gênero, com nove homens e nove mulheres no primeiro escalão do governo municipal. O que o herdeiro político dos ex-governadores Eduardo Campos e Miguel Arraes não evidenciou foi a falta proporcionalidade racial na equipe.

Numa cidade em que 54% da população é formada por mulheres e 57% das pessoas se autodeclara negra (preta ou parda), a (falsa) paridade do primeiro escalão propagandeada pelo jovem branco de olhos azuis – cujas peças de campanha, num pleito sem representatividade negra, exploraram a cultura periférica com o passinho e o brega funk – vai de encontro à pauta antirracista essencial do feminismo hoje.

Dentre os nomes escolhidos por João Campos, a grande maioria é de pessoas brancas. Pelas fotos individuais dos secretários e das secretárias (confira-as ao final da matéria junto com os currículos), percebe-se a existência de somente três pessoas não brancas, Murilo Cavalcanti (Segurança Cidadã), Glauce Medeiros (Mulher) e Giovana Gomes Ferreira (Procuradoria, que faz parte do primeiro escalão). O número sobe para quatro se considerarmos o chefe de gabinete de imprensa, que tem status de secretário, Gilberto Prazeres.

Por se tratar de uma questão autodeclaratória, a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para saber como as pessoas se autodeclaram. Porém, não obteve retorno, assim como não obteve qualquer posicionamento aos questionamentos enviados sobre a composição do secretariado.

Em seu primeiro discurso como prefeito, o ex-deputado federal enfatizou a redução da desigualdade, cercado pela quase homogeneidade de seus pares. A foto coletiva do secretariado do Recife, que abre esta matéria, é o retrato da reprodução do racismo estrutural, que naturaliza a ausência ou a baixa incidência de pessoas negras, em especial mulheres, nos espaços de poder e decisão. Os currículos dos secretários e das secretárias também mostram que quase ninguém é ligado ou fez parte de movimentos sociais ou tem origem em organizações não governamentais.

Contraditoriamente ao discurso do novo prefeito, são justamente as estruturas de privilégio de gênero e também de raça que perpetuam as desigualdades. Mulheres brancas sofrem discriminação pelo fato de serem mulheres, mas, sem que isso deslegitime seu sofrimento, estão posicionadas no lugar social da branquitude e por isso continuam sendo privilegiadas estruturalmente.

Para Mônica Oliveira, membro da coordenação da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, a composição não surpreende do ponto de vista das análises que ativistas negras e negros já faziam antes e mostra que não há, novamente, expectativa de mudanças reais nas condições de vida da população negra nessa nova gestão. “A composição corresponde a um modelo de gestão que o PSB vem imprimindo tanto na cidade do Recife quanto no governo do estado e também nos compromissos que a chapa vencedora assumiu e explicitou ao longo de sua campanha”, afirma a comunicadora social e assessora parlamentar.

“Por outro lado, é importante destacar que, para além da cor da pele, do pertencimento racial simplesmente, nos interessaria pessoas negras comprometidas com a agenda de defesa de direitos da população negra e com a agenda de combate ao racismo”, enfatiza Mônica.

Sendo de amplo conhecimento que as mulheres negras são o segmento da sociedade que ocupa os piores índices nos indicadores socioeconômicos, ela pontua que “o racismo é um sistema de opressão e, portanto, por ser um sistema, precisa ser enfrentado de maneira a considerar todas as dimensões”. “No caso das mulheres, quando o racismo se soma ao sexismo e à discriminação de classe, isso resulta nas condições tão precárias de vida que as mulheres negras ocupam”, acrescenta.

Na avaliação de Mônica, portanto, qualquer proposta de paridade de gênero que não leve em conta a dimensão racial não atende a uma proposta de enfrentamento e redução das desigualdades de gênero, por significar que será atendida apenas uma parcela das mulheres e há profundas desigualdades entre mulheres brancas e mulheres negras.

Na avaliação de Mônica Oliveira, da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, propostas de paridade de gênero têm que levar em conta a dimensão racial (crédito: SOS Corpo)

Ao se promover uma histórica exclusão, em todas as instâncias de poder, os impactos na formulação, execução, monitoramento e avaliação das políticas públicas são profundas. “Uma política, para ser efetiva, precisa contar, na sua formulação e execução, com olhares, competências, talentos, análises e estratégias também dos segmentos que devem ser diretamente atendidos por essa política”, diz Mônica, destacando que os avanços conseguidos em políticas públicas nas mais diversas áreas, que minimamente consideraram a dimensão racial, foram conquistas diretas da luta do movimento negro e do movimento de mulheres negras.

Entre a revolta das mulheres negras, está também a da arquiteta, urbanista, escritora e feminista Joice Berth, que se manifestou nas redes sociais citando a ausência de pessoas negras no secretariado. “O Brasil é muito mais marcado pelo racismo do que pelo machismo. Mulheres brancas, ainda que violentadas pelo sistema, são consideradas mulheres. As não brancas, sobretudo as negras, não”, diz o início do texto, que prega que não existe paridade na escolha do secretariado de João Campos. Joice lembra que “a proporcionalidade é a pedra filosofal da prática antirracista, metade desse secretariado deveria ser de pessoas negras, homens e mulheres”.

“Não entendo porque um prefeito acredita que paridade seja apenas de gênero. Não é. Paridade em um país erguido sob os alicerces do racismo é principalmente racial. Se mulheres brancas feministas continuarem fingindo que racismo não existe, o número de feminicídios e afins vai continuar em curva ascendente. Porque é preciso entender que há uma triangulação ativa das opressões, uma verdadeira ciranda, não aquelas maravilhosas que a cultura nordestina apresenta, mas uma ciranda macabra composta pelo racismo + machismo + elitismo (ou luta de classes). Essas três opressões se retroalimentam e não se separam. Tampouco diferem muito no modo de agir para garantir o sistema de dominação e opressão”, diz a publicação.

Vereadoras feministas da oposição se manifestam

Dois dias antes da primeira reunião do secretariado da Prefeitura do Recife, na sexta (1), a vereadora mais votada da capital, Dani Portela (Psol), mulher negra, foi responsável pela abertura da nova legislatura da câmara municipal com um discurso que ela chamou de “reintegração de posse dos territórios políticos deste país”.

À vereadora, que é advogada popular, historiadora e professora, causou “estranheza” o pequeno número de pessoas negras, sobretudo mulheres negras, num espaço tão importante como o primeiro escalão do Recife, assim como a baixa representatividade da população negra de forma geral.

“Precisamos afirmar que paridade de gênero não é suficiente. Nossa cidade é marcada pelo racismo estrutural e pela continuação de oligarquias. Cabe a todo gestor o compromisso com a Agenda Antirracista em curso no estado”, cobrou Dani em posicionamento compartilhado nas redes sociais e enviado à Marco Zero Conteúdo, lembrando também que as mulheres negras, apesar de representarem 28% da população brasileira, são as menos representadas entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Prefeito João Campos, as Mulheres Negras não são mulheres? Não são capacitadas? Não aceitaremos mais sermos as ‘negras únicas’ nos espaços de poder”, provocou a parlamentar. Um dos pleitos da vereadora será a criação de uma Comissão de Igualdade Racial na câmara e a construção de um Grupo de Trabalho formado por parlamentares, movimentos sociais e sociedade civil para a construção de um Estatuto da Igualdade Racial no Recife.

A vereadora Liana Cirne (PT) acredita que é “louvável” a preocupação do prefeito, mas ela foi “despolitizada”, apesar de destacar que há nomes “muito bons” na equipe, com pessoas “reconhecidas pela sua trajetória e seriedade”. Para ela, também é inadmissível falar de feminismo sem representação racial porque não cabe mais ficar à margem da interseccionalidade. “As pautas do feminismo não podem ser pensadas à margem do feminismo negro. Falar em representatividade de gênero sem falar da mulher negra tira as mulheres negras do lugar de mulheres”, reforçou. Ela enfatizou ainda que João Campos não entende como é hoje uma das pautas mais importantes da agenda progressista.

Em conversa com a reportagem por telefone, a parlamentar, que também é professora, citou a escritora americana caribenha, feminista lésbica e ativista dos direitos humanos Audre Lorde: “Não serei livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas”.

“A cota política abre portas para outros tipos de representação e daí sobressaem nomes reconhecidos e respeitados, nomes que ficam invisibilizados quando são sempre os mesmos homens brancos que ocupam a política”, pontua Liana, para quem, depois que essas portas são abertas, pessoas sérias e competentes podem ocupar espaços que, sem as cotas, seriam destinados aos mesmos homens brancos, muitas vezes medíocres, potencializando o critério técnico.

“Estamos aí com inúmeras juristas, filósofas, escritoras negras que hoje são exponenciais. Grandes potências intelectuais como Djamila Riberio, Juliana Borges, Sílvio Almeida e Joice Berth não são convidadas porque são negras, mas porque são brilhantes, mas precisaram da cota para ter espaço para seu brilhantismo”, avalia a vereadora lembrando que não faltam nomes de excelência localmente para ocupar postos políticos.

Prefeitura do Recife não se posicionou

A Marco Zero Conteúdo entrou em contato com as assessorias de imprensa do prefeito João Campos (PSB) e também da vice-prefeita Isabella de Roldão (PDT) para saber como avaliam as críticas, como a composição do secretariado foi pensado do ponto de vista racial e o que pesou na decisão de não haver poucos nomes não brancos. Para Isabella, também questionamos como foi a participação dela como uma vice mulher na composição do secretariado. Nenhuma das assessorias retornou e os pedidos ficaram sem qualquer retorno.

Conheça o secretariado

Secretária de Finanças – Maíra Fischer

Formada em Ciências Econômicas pela UFPE (2007) e MBA em Gestão pela Universidade Aberta de Lisboa (2018). Possui experiência na área de Gestão Pública, Desenvolvimento Econômico e Planejamento Estratégico. Já foi gerente de Desenvolvimento do Modelo de Gestão da Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco e gerente-geral de Análise de Dados da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife.

Há dois anos, Maíra é secretária executiva de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, sendo uma das responsáveis pelo Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19. É membro da equipe de transição de governo.

Secretário de Governo e Participação Social – Carlos Muniz

Advogado e administrador de empresas. Servidor público concursado da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), também presidiu a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), entre 2007 e 2011. Além disso, foi secretário-executivo de Administração e Gestão de Pessoas, bem como secretário-executivo de Planejamento do Recife na última gestão e é vereador eleito. É membro da equipe de transição de governo.

Secretário de Planejamento, Gestão e Transformação Digital – Felipe Martins Matos

Graduado e Mestre em Economia pela UFPE, com Pós-Graduação em Finanças pelo IBMEC, e MBA Executivo pelo IESE (Espanha) – uma das melhores escolas de negócios do mundo, Felipe tem uma carreira com foco em gestão na iniciativa privada, onde demonstrou liderança técnica e coordenou importantes projetos. Atuou como executivo e diretor no setor privado.

Secretária de Infraestrutura – Marília Dantas

Engenheira, mestre em Engenharia Civil, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil pela UFPE e com experiência na administração pública e na iniciativa privada, tendo sido diretora presidente da Emlurb.

Secretária de Saúde – Luciana Albuquerque

Graduada em odontologia, mestre em Saúde Pública no Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) e com doutorado em Saúde Internacional pela Universidade Nova Lisboa. De 2003 a 2008, a sanitarista foi chefe de Divisão da Diretoria de Planejamento e Gestão da Secretaria de Saúde do Recife. A partir de 2009, atuou como Assessora Técnica do gabinete da Secretaria de Saúde do Recife.

Em 2011, foi Diretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde de Pernambuco. Por fim, em 2015 ela assumiu a SEVS, a secretária executiva de Vigilância em Saúde do Governo de Pernambuco.

Secretário de Educação – Fred Amâncio

Formado em Administração e Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com pós-graduação em Economia Aplicada à Gestão Fiscal e MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás, ambos pela Fundação Getúlio Vargas. Antes da Secretaria de Educação do Governo Estadual, também esteve à frente das secretarias de Planejamento e Gestão, Saúde e Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, além da presidência do Complexo Industrial Portuário de Suape.

Servidor de carreira, é auditor fiscal do Tesouro Estadual da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz). Foi presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – Rafael Dubeux

Formado em Direito pela UFPE, concluiu mestrado e doutorado na UnB com tese sobre desenvolvimento econômico e inovação tecnológica. Foi também pesquisador visitante na Universidade da Califórnia, Berkeley, e professor universitário. É membro da carreira de Advogado da União e já trabalhou no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, no Ministério da Fazenda e na Casa Civil da Presidência da República.

Contribuiu com a elaboração de legislações relacionadas ao tema, incluindo o novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, que busca estimular parcerias entre o setor público, a academia e o setor privado.

Secretária de Trabalho e Qualificação Profissional – Adriana Rocha
(foto não enviada)

Formada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mestra em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP, professora de Direito Constitucional na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e ex-Conselheira Federal da OAB.

Secretária de Turismo e Lazer – Cacau de Paula

Filha do deputado federal André de Paula (PSD), é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Tem MBA em Gestão de Marketing e Vendas pela Cedepe Business School.

Atuou como Gestora de Promoção Turística da Prefeitura do Recife, foi executiva sênior de marketing, gestora de marketing nacional e diretora comercial da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), além de gerente de captação de Eventos Internacionais do Recife Convention & Visitors Bureau.

Secretário de Esportes – Rodrigo Coutinho

Tendo sido eleito vereador do Recife pela segunda vez consecutiva. Filho do deputado Augusto Coutinho, na Câmara Municipal elaborou projetos de incentivo ao esporte universitário, bem como a inclusão de artes marciais na rede municipal de ensino.

Presidiu a Comissão do Plano Diretor da Cidade e a Comissão de Planejamento e Obras, onde acompanhou de perto iniciativas importantes, como a requalificação do Geraldão, e interviu para a construção de quadras em bairros mais carentes, a exemplo do Coque, Campina do Barreto e Ilha de Deus, além de atuar pela implantação da primeira quadra de Futebol Society na UR2- Ibura, para ajudar a inserção de jovens nos esportes.

Rodrigo também é oficial de cavalaria e foi atleta de hipismo por sete anos, onde ganhou medalha de bronze no Campeonato Brasileiro de Hipismo por equipe em 2007.

Secretário de Cultura – Ricardo Mello

Jornalista e professor, é também Mestre em Comunicação pela UFPE, consultor, escritor, documentarista e produtor cultural. Participou diretamente da elaboração, durante a campanha, do Plano de Governo (em especial, da construção das propostas para a Cultura).

Ricardo também integrou a coordenação da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia e foi diretor cultural da Aliança Francesa do Recife, coordenou e atuou em diversos projetos culturais, principalmente na literatura e no audiovisual, como o Escola de Leitores, voltado para estudantes da rede estadual, e o Nosso Ofício, série documental televisiva nacional, que concebeu e roteirizou, assim como Pernambuco, Patrimônio Vivo – Na Estrada do Sempre.

Ele estreou no audiovisual dirigindo o documentário PE na França, cantadores na Terra dos Trovadores, em 2005. Autor do espetáculo Opereta de Cordel, Ricardo Mello assina muitas obras no campo da poesia, com ênfase no público infanto-juvenil.

Secretária de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas – Ana Suassuna

Assistente social, formada em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ana é a representante das metrópoles no Colegiado Nacional dos gestores de Assistência Social (CONGEMAS) e é diretora do COEGEMAS – Colegiado Estadual de Gestores Municipais da Assistência Social – Diretora da Região Metropolitana. É a atual secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife.

Secretária da Mulher – Glauce Medeiros

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) com a monografia “Participação Política da Mulher na Assembléia Legislativa de Pernambuco 16 Legislaturas da ALEPE”, é também mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento local da Universidade Federal Rural de Pernambuco com a dissertação Discurso de Mulheres Docentes das Ciências Agrárias na UFRPE.

Contribui com o Grupo de Pesquisa Desenvolvimento e Sociedade CNPq/UFRPE e o Núcleo de Pesquisa Mulher e Ciência NPANC/UFRPE e tem especialização em Gestão da Culturas pela UFBA, além de já ter presidido a União Brasileira de Mulheres em Pernambuco.

Secretário de Segurança Cidadã – Murilo Cavalcanti

Formado em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco (UPE) e inovador social, com pós-graduação em Marketing. É especialista em políticas públicas de combate à violência urbana, sendo um grande estudioso do modelo de segurança cidadã implantado em cidades como Bogotá e Medellín, na Colômbia. Também atuou como secretário de Segurança Cidadã em Petrolina. É o atual secretário de Segurança Urbana da Prefeitura do Recife.

Secretária de Habitação – Maria Eduarda Medicis

Formada em Arquiterura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em Administração pela Universidade de Pernambuco (UPE), também tem especialização em Direito Urbanístico e Ambiental pela PUC de Minas Gerais.

É sócia fundadora da AC Arquitetura, escritório de projetos de arquitetura, paisagismo e urbanismo, atuou como gerente técnica da Secretaria das Cidades e gerente de acompanhamento de obras e infraestrutura da Secretaria Extraordinária da Copa 2014 do Governo de Pernambuco, além de ter sido assessora técnica da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho. É gestora de articulação regional da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão.

Secretária de Saneamento – Erika Moura

Formada em Engenharia Civil pela Universidade Politécnica de Pernambuco (UPE), com pós-graduação em Saneamento e Gestão Ambiental pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pela Engeconsult Consultores Técnicos Ltda., tem atuado como gerente de contratos em serviços realizados em âmbito estadual e até nacional.

Secretário de Política Urbana e Licenciamento – Leonardo Bacelar

Formado em Economia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), com pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e MBA em Executivo em Administração e Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil pela Fundação Getúlio Vargas. Coordenador Executivo na Diretoria de Planejamento e Urbanismo do Complexo Industrial e Portuário de Suape.

Atuou na Prefeitura da Cidade do Recife onde foi Secretário Executivo de Administração e Finanças do Gabinete de Projetos Especiais da cidade do Recife, Secretário Executivo de Desapropriação do Gabinete de Projetos Especiais da cidade do Recife, Diretor Executivo de Regularização Fundiária e Desapropriação da Secretaria de Infraestrutura e Habitação da cidade do Recife, Diretor de Limpeza urbana da cidade do Recife, coordenador Programa Chegando Junto e é membro do Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Recife como representante da Secretaria de Infraestrutura e Habitação.

Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade – Carlos Ribeiro

Engenheiro agrônomo e advogado, especialista em conservação do solo e atuação na área do direito ambiental, servidor de carreira da secretaria de meio ambiente do Recife (concursado em 2008), presidente da Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiental secção Pernambuco (ANAMMA/PE) e diretor nacional do Bioma caatinga. Foi analista ambiental do estado por 10 anos e atua como secretário executivo de licenciamento e controle ambiental desde 2013.

Créditos: Rodolfo Loepert

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AUTOR
Foto Raíssa Ebrahim
Raíssa Ebrahim

Vencedora do Prêmio Cristina Tavares com a cobertura do vazamento do petróleo, é jornalista profissional há 12 anos, com foco nos temas de economia, direitos humanos e questões socioambientais. Formada pela UFPE, foi trainee no Estadão, repórter no Jornal do Commercio e editora do PorAqui (startup de jornalismo hiperlocal do Porto Digital). Também foi fellowship da Thomson Reuters Foundation e bolsista do Instituto ClimaInfo. Já colaborou com Agência Pública, Le Monde Diplomatique Brasil, Gênero e Número e Trovão Mídia (podcast). Vamos conversar? raissa.ebrahim@gmail.com