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Crédito: Divulgação
Após o segundo turno que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva presidente, com 50,9% dos votos, uma lista de autoria desconhecida e sem autorização denunciando “médicos petistas” circulou nas redes sociais, especialmente nos grupos de WhatsApp. Como resposta, mais de mil médicos e médicas de vários estados, sendo a maioria de Pernambuco, que votaram em Lula publicaram esta semana um manifesto pela democracia e pela ciência.
“Tais listas têm suposta finalidade de retaliação, intimidação e boicote. Sem temer esse tipo de ameaça, nos orgulhamos de nosso posicionamento e, como forma de reafirmar nosso compromisso com os princípios expostos acima, publicamos e assinamos este manifesto”, diz o documento.
O manifesto reforça: “nós, grupo de médicos e médicas de Pernambuco que atuam na assistência, ensino e pesquisa, defendemos a vida como um valor inegociável. Além disso, entendemos a saúde e a integridade física e moral como essenciais à dignidade humana. Por atuarmos numa área baseada na ciência, todas as atividades médicas (que incluem ensinar, acolher, curar, cuidar e informar) devem se apoiar nos princípios éticos que regem o exercício da profissão e na construção da consciência coletiva, sempre pautadas nas regras da civilidade, diversidade, equidade e justiça social”.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) publicou uma nota dizendo ter ficado ciente da lista, que, na avaliação da entidade, “tem caráter constrangedor, intimidatório e discriminatório do exercício profissional aos referidos médicos”. Ressaltando o Código de Ética Médica, o conselho repudiou a lista ressaltando que se trata de uma “afronta grave ao livre exercício profissional” e que “compromete a medicina e os médicos pernambucanos, com consequências diretas deletérias à sociedade”.
O Cremepe afirmou ainda que encaminhou o material coletado para apreciação do Ministério Público Estadual e demais autoridades competentes para que a identificação dos responsáveis, seus autores e disseminadores para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
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Vencedora do Prêmio Cristina Tavares com a cobertura do vazamento do petróleo, é jornalista profissional há 12 anos, com foco nos temas de economia, direitos humanos e questões socioambientais. Formada pela UFPE, foi trainee no Estadão, repórter no Jornal do Commercio e editora do PorAqui (startup de jornalismo hiperlocal do Porto Digital). Também foi fellowship da Thomson Reuters Foundation e bolsista do Instituto ClimaInfo. Já colaborou com Agência Pública, Le Monde Diplomatique Brasil, Gênero e Número e Trovão Mídia (podcast). Vamos conversar? raissa.ebrahim@gmail.com